Os 10 países ricos que mais ajudam os pobres
Estudo mostra quais países ricos estão mais empenhados em cooperar para o desenvolvimento global
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h18.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h29.
São Paulo – A situação de algumas das grandes economias da União Europeia tem reforçado a tese de que o progresso econômico e social depende cada vez mais da cooperação entre países. Um estudo feito pela ONG Centro para o Desenvolvimento Global (CGD, na sigla em inglês) avaliou o perfil dos países mais ricos e concluiu que a Suécia é a nação que mais se empenha em ajudar os países pobres. O trabalho resultou no Índice de Comprometimento para o Desenvolvimento Global. Encabeçado por Noruega e Dinamarca, além da Suécia, o ranking classificou as maiores economias de acordo com o quanto elas têm feito para reduzir a pobreza e outros problemas sociais, políticos e ambientais no mundo. Os parâmetros para avaliação não consideram apenas a ajuda financeira. Os países foram avaliados com base em sete categorias: doações, comércio exterior, migração, meio ambiente, segurança, e tecnologia. Veja nas fotos ao lado quais são os 10 países ricos que mais ajudam os pobres.
A Suécia é o país mais comprometido no auxílio às economias mais pobres. Suas doações chegam a 1,11% do PIB. O país é reconhecidamente um abrigo para migrantes, principalmente refugiados em situações de crise. Também recebe bem a imigrantes vindos de diversos países emergentes. Por outro lado, devido a pouco incentivo fiscal, a Suécia não conta com uma grande quantidade de doações de instituições privadas para caridade. O país deixa a desejar ainda no apoio a estudantes estrangeiros.
Além de ser o segundo país do mundo que mais faz doações às nações pobres (atrás da Suécia), a Noruega também se destaca nos investimentos produtivos que faz nestes locais. O país oferece segurança contra riscos políticos para companhias tanto nacionais quanto estrangeiras. Também são destaques os programas que oferecem ensino gratuito para estudantes estrangeiros, inclusive de países pobres.
Em terceiro lugar no ranking está a Dinamarca. Uma das maiores contribuições do país para as nações mais pobres é o desenvolvimento tecnológico. O país se destaca nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e na disseminação destas tecnologias a outros países. A Dinamarca é também sede de um dos maiores armazéns da Unicef, a agência da ONU para a infância e adolescência. A foto mostra uma visita do jogador de futebol inglês David Beckham ao local.
A parcela de contribuição da Holanda para a ajuda aos países pobres é a facilitação do comércio com estas nações. O país mantém baixas tarifas de importação para produtos tipicamente comercializados por economias menores, como tecidos, roupas e produtos agrícolas. O país é também o quarto no ranking dos que mais fazem doações aos países pobres.
De acordo com o estudo, os Estados Unidos são o país que mais coopera para a manutenção da segurança mundial, ajudando a garantir o respeito a tratados de paz internacionais essenciais a economias mais frágeis. Os norte-americanos têm, por exemplo, o maior número de navios patrulhando águas de rotas importantes para o comércio internacional.
A Finlândia faz doações a países pobres que chegam a 0,24% de seu PIB. O país é conhecido pela seletividade: a ajuda raramente vai para países sem tantas necessidades, ou com governos corruptos. As baixas tarifas a produtos importados como alimentos e roupas são outro destaque, pois beneficiam as economias exportadoras destas mercadorias.
A Nova Zelândia é o país com uma das menores barreiras tarifárias para produtos agrícolas, o que beneficia diretamente países pobres, exportadores de produtos primários. O país é também um dos que mais apoia – financeiramente, inclusive – a segurança internacional, dando suporte ao cumprimento de tratados de paz em regiões de grande instabilidade política, como em alguns países africanos.
A receptividade austríaca aos imigrantes de países pobres é o destaque do país no ranking dos que mais ajudam nações pobres. A Áustria recebe uma quantidade maciça de imigrantes que conseguem auxílio, empregos e oportunidades educacionais. O país também se destaca na recepção a refugiados durante situações de crises em países pobres.
Segundo o estudo da CDG, os países ricos emitem mais poluentes atmosféricos, enquanto que os pobres estão mais expostos a efeitos nocivos como a poluição. Assim, nações como Portugal, que tem baixa emissão de gases poluentes por habitante e elevado comprometimento com acordos ambientais internacionais, ajudam a minimizar os prejuízos sofridos por países mais pobres por causa da poluição.
Mesmo com problemas internos complicados o bastante para manter o governo ocupado, a Irlanda se destaca na ajuda humanitária a países pobres. O apoio financeiro a estas nações chega a 0,5% do PIB do país.
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