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Vacinas da Pfizer e AstraZeneca protegem contra variante Delta, diz estudo

Variante Delta do coronavírus foi identificada inicialmente na Índia e é 60% mais contagiosa que a Alfa

 (Bloomberg/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 14 de junho de 2021 às 16h03.

Última atualização em 14 de junho de 2021 às 16h03.

Receber duas doses das vacinas Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca/Oxford protege efetivamente de uma hospitalização por causa da variante Delta do coronavírus, identificada inicialmente na Índia, afirma um estudo das autoridades de saúde da Inglaterra nesta segunda-feira (14). 

Segundo essa pesquisa da Public Health England (PHE), receber duas doses da Pfizer/BioNTech protege 96% contra as hospitalizações derivadas da variante Delta, enquanto Oxford/AstraZeneca oferece uma eficácia de 92%.

São "resultados comparáveis à eficácia da vacina na prevenção da hospitalização relacionada com a variante Alfa", surgida em dezembro na Inglaterra.

De 12 de abril a 4 de junho, o estudo analisou os casos de 14.019 pessoas que contraíram essa variante, das quais 166 foram hospitalizadas.

Isso "prova como é crucial se vacinar pela segunda vez", afirmou o ministro da Saúde, Matt Hancock, parabenizando que o programa de vacinação britânico "já salvou milhares de vidas".

Mary Ramsay, responsável de vacinação do PHE, ressaltou também como é "absolutamente fundamental receber as duas doses o mais rápido possível para obter a proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes".

A variante Delta, 60% mais contagiosa que a Alfa, é agora dominante no Reino Unido, país mais castigado da Europa pela pandemia, com quase 128.000 mortes.

Diante dessa situação, o primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar nesta segunda-feira um adiamento da última fase do desconfinamento, inicialmente prevista para 21 de junho.

Devido ao recente aumento do número de casos, em torno dos 7.000 por dia, atrasar o levantamento total das restrições, prolongando entre outras coisas o trabalho remoto, permitiria completar de vacinar mais britânicos para protegê-los de sintomas graves, da hospitalização e da morte.

Mais de 41,5 milhões de pessoas, ou seja, quase 79% da população adulta do Reino Unido, já receberam ao menos uma primeira dose. Deles, 29,8 milhões de pessoas - 56,6% dos adultos - já receberam as duas doses necessárias.

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