Vacina de 100 anos é estudada para combater coronavírus
A vacina para tuberculose é analisada para identificar se pode funcionar para amenizar sintomas da covid-19
Lucas Agrela
Publicado em 11 de maio de 2020 às 18h22.
Última atualização em 12 de maio de 2020 às 15h10.
Uma vacina usada desde 1921, há quase 100 anos, é estudada para combater o novo coronavírus . A vacina bacilo Calmette–Guérin (BCG) é conhecida por ser eficaz contra a tuberculose, mas também pode reduzir o risco de morte por diferentes vírus e bactérias.
O Instituto Telethon Kids, na Austrália, se interessou na possibilidade de a vacina ser eficaz contra o novo coronavírus e prepara ensaios clínicos para avaliar seu desempenho.
Pesquisadores do instituto publicaram um estudo sobre o uso de vacinas BCG em roedores.
O que eles observaram foi o aumento de neutrófilos, células sanguíneas leucocitárias, que integram o sistema imune inato, o primeiro a reagir contra a infecção do coronavírus.
Muitos dos efeitos negativos à saúde podem acontecer em razão da resposta adaptativa do sistema imunológico, quando acontece a tempestade de citocinas, um fenômeno que afeta tanto as células infectadas quanto as saudáveis.
Em tese, com uma resposta inata mais forte, o vírus poderia ser eliminado mais rapidamente, acelerando a recuperação de pacientes infectados.
No entanto, por ora, ainda não há nenhuma evidência a respeito da eficácia da vacina BCG contra o novo coronavírus.
No mundo, mais de 100 vacinas são estudadas para prevenir a infecção do novo coronavírus.
Na Universidade de Oxford, no Reino Unido, os pesquisadores estimam que a primeira vacina pode ficar pronta em setembro, se tudo correr como esperado.