A vacina da Pfizer com a BioNTech é uma das que podem receber aprovação para uso comercial entre o fim de 2020 e o início de 2021, abrindo caminho para a imunização da população (Dado Ruvic/Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 1 de abril de 2021 às 08h36.
Última atualização em 1 de abril de 2021 às 14h19.
Resultados atualizados de um estudo da Pfizer indicam que a vacina da empresa contra a covid-19 gera um efeito protetor contra a doença que pode durar seis meses após a aplicação da segunda dose. O estudo foi realizado com 46 mil participantes e analisou 927 casos sintomáticos da infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Mesmo depois de um semestre da aplicação, a Pfizer informa que a proteção contra a covid-19 ainda está forte nos pacientes.
Como tanto o vírus quanto a vacina são novos para a comunidade científica global, trata-se de uma boa notícia para a contenção da pandemia. Mas ainda são necessários mais estudos para descobrir por quanto tempo as vacinas são eficazes contra o coronavírus, uma vez que a mutação constante é inerente à evolução dos vírus.
A pesquisa da Pfizer também avaliou a eficácia da vacina contra a variante identificada na África do Sul, chamada B.1.351. Entre 800 participantes, nove tiveram sintomas da covid-19. Porém, todas essas pessoas estavam no grupo de placebo, ou seja, não receberam a vacina (só pensaram que receberam).
Entre as nove, seis pessoais tinham sido infectadas pela variante B.1.351. Com isso, ainda não necessários mais estudos para confirmar a eficácia da vacina contra a variante.
A vacina da Pfizer é 91% eficaz para evitar quadros graves de covid-19 em pacientes com quadros graves de infecção pelo novo coronavírus.
De acordo com dados do centro de prevenção e controle de doenças americano (CDC), mais de 77 milhões de pessoas receberam as vacinas contra a covid-19. No Brasil, o número é de 15 milhões.