Ciência

Uma em cada 100.000 pessoas tem reação alérgica grave à vacina da Pfizer

Os dados documentaram 21 casos de reação alérgica após a administração de 1.893.360 injeções entre 14 e 23 de dezembro

Pfizer: “Uma boa proposta de avaliação para alguém ser vacinado é o risco da covid e se as consequências negativas da covid forem ainda maiores do que o risco de uma reação séria à vacina”, (AFP/AFP)

Pfizer: “Uma boa proposta de avaliação para alguém ser vacinado é o risco da covid e se as consequências negativas da covid forem ainda maiores do que o risco de uma reação séria à vacina”, (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 13h18.

Cerca de uma em cada 100.000 pessoas que receberam a vacina Pfizer-BioNTech contra a covid-19 teve reações alérgicas graves, revelaram autoridades de saúde dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), enfatizando que os benefícios da imunização superam em muito os riscos conhecidos.

Os dados são dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que documentaram 21 casos de anafilaxia (como é chamada esse tipo de reação alérgica) após a administração de 1.893.360 injeções entre 14 e 23 de dezembro.

"Isso representa uma taxa média de 11,1 casos de anafilaxia para cada milhão de doses administradas", disse a repórteres Nancy Messonnier, chefe dos CDC.

Em comparação, as vacinas da gripe comum causam cerca de 1,3 caso de anafilaxia por milhão de doses administradas, tornando a taxa de anafilaxia da vacina Pfizer aproximadamente dez vezes maior.
Messonnier acrescentou que os casos de anafilaxia ainda são "extremamente raros" e reiterou que ainda é do melhor interesse das pessoas receber a vacina, particularmente no contexto da pandemia covid-19, que representa um perigo muito maior para a saúde.

“Uma boa proposta de avaliação para alguém ser vacinado é o risco da covid e se as consequências negativas da covid forem ainda maiores do que o risco de uma reação séria à vacina”, argumentou.

“Felizmente, sabemos como tratar a anafilaxia e nos preparamos para garantir que nos locais de vacinação as pessoas que administram a vacina estejam prontas para tratar a anafilaxia”, acrescentou.

Os 21 casos variaram em idade de 27 a 60 anos, com uma média de 40, e todos, exceto dois, foram tratados com epinefrina. Dezenove dos casos (90%) ocorreram em mulheres, e o tempo médio para o início dos sintomas foi de 13 minutos, mas variou de dois a 150 minutos. Em quatro dos casos (19%) os pacientes foram internados, sendo três em terapia intensiva, e 17 (81%) foram atendidos em pronto-socorro.

No momento do estudo, todos, exceto um, foram relatados como tendo alta ou recuperado, e não houve mortes.

Os sintomas incluíram erupção na pele, sensação de fechamento da garganta, língua inchada, urticária, falta de ar, rouquidão, lábios inchados, náuseas e tosse seca persistente. Pessoas que sofrem uma reação grave à primeira dose são aconselhadas a não tomar uma segunda dose.
Messonnier disse que uma pesquisa está em andamento para determinar o que pode ser a causa das alergias.

Ainda não há dados suficientes para saber a taxa de anafilaxia da vacina Moderna, a outra que foi autorizada nos Estados Unidos uma semana depois da Pfizer, ou se surgirá uma diferença significativa entre as duas.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)Pfizervacina contra coronavírusVacinas

Mais de Ciência

Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Superexplosões solares podem ocorrer a cada século – e a próxima pode ser devastadora

Pepita rara foi usada como peso de porta por décadas até donos se surpreenderem com valor milionário

Astronautas da China batem recorde dos EUA em caminhada espacial