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Turismo leva a perda do habitat dos pandas, dizem especialistas

Atualmente, 18 dos 30 grupos de pandas que vivem em liberdade no sudoeste da China estão compostos por menos de dez ursos

O urso panda gigante só vive em estado selvagem na China (Benoit Tessier/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 10h03.

Pequim - Os ursos panda que vivem no sudoeste da China estão perdendo o habitat por conta do crescimento no número de turistas, pela construção de estradas e pela poda de árvores, informou nesta terça-feira o jornal "South China Morning Post".

A extensão de seu habitat se reduziu 4,9% entre 1976 e 2001, enquanto o tamanho médio de cada área onde vivem os pandas diminuiu 24% no mesmo período, indica um estudo publicado na última edição da revista "Nature Ecology & Evolution".

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A pesquisa, realizada por cientistas da China e dos Estados Unidos, aponta que a construção de estradas, a poda e o terremotos contribuíram para a perda de território, bem como o crescente aumento de turistas.

"Os pandas enfrentam grandes ameaças e desafios devidos à fragmentação do hábitat, ao isolamento da população, ao desenvolvimento de infraestrutura, ao turismo e à mudança climática", disseram os pesquisadores.

Atualmente, 18 dos 30 grupos de pandas que vivem em liberdade no sudoeste da China estão compostos por menos de dez ursos, o que significa que estão expostos a um alto risco de extinção, segundo o relatório.

"Quando os humanos entram, os pandas saem", disse o especialista do grupo ecologista WWF na China, Fan Zhiyong, que explicou que estes animais "são extremamente sensíveis a qualquer ruído".

O urso panda gigante só vive em estado selvagem na China, sobretudo nas zonas montanhosas das províncias de Sichuan, Shaanxi e Gansu.

Em 2014, o número de ursos pandas vivendo em liberdade no oeste da China se situou em 1.864, enquanto outros 400 estão em cativeiro por todo o mundo.

Em setembro de 2016, a União Internacional para a Conservação da Natureza retirou os pandas gigantes da lista de espécies em perigo de extinção para catalogá-los como espécie "vulnerável".

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