Ciência

Sputnik V: Pesquisa na Argentina aponta eficácia contra cepa brasileira

O imunizante, que foi barrado no Brasil em abril, é a principal aposta do governo argentino para imunizar a população

 (Dado Ruvic/Reuters)

(Dado Ruvic/Reuters)

O Instituto de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba, da Argentina, revelou nesta segunda-feira, 24, os resultados dos estudos sobre a eficácia da vacina russa Sputnik V contra variante brasileira do coronavírus P1, identificada pela primeira vez na cidade de Manaus.

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O estudo confirmou que a imunidade desenvolvida em pessoas vacinadas com a Sputnik V permite que a cepa brasileira seja neutralizada já na primeira inoculação. Segundo os dados, "85,5% dos indivíduos desenvolveram anticorpos no 14º dia após a aplicação da primeira dose"; e, 99,65% dos indivíduos desenvolveram anticorpos IgG para coronavírus no 42º dia após a aplicação da segunda injeção da vacina".

A Sputnik V está registrada” em 66 países com uma população total de mais de 3,2 bilhões de pessoas. “A Argentina foi o primeiro país da América Latina a usar a Sputnik V para vacinar a população. Agora vemos que o uso do medicamento ajuda a proteger a população não só contra as conhecidas, mas também contra novas variantes do vírus, inclusive a brasileira. Uma forte resposta imunológica se forma já após receber a primeira dose da vacina", disse Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que financia a pesquisa da Sputnik V.

Barrada no Brasil

Em análise realizada em 26 de abril, a Anvisa negou o pedido de autorização feito por 14 estados brasileiros para importação emergencial de quase 30 milhões de doses da Sputnik. A decisão contra a importação foi tomada em uma reunião extraordinária que ocorreu para atender uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma ação protocolada pelo governo do Maranhão. O argumento é de que a vacina continha adenovírus com capacidade de replicação.

Contudo, em outro revés, a agência confirmou na sexta-feira, 21, um novo documento sobre a vacina Sputnik V, que foi enviado pelos estados da Bahia e do Maranhão. Segundo a agência, a documentação adicional foi apensada ao processo de solicitação de importação da vacina e ainda será avaliada como parte do novo pedido de importação feito pelos dois estados.

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