Usina solar: Indústrias devem promover um ambiente cooperativo para identificar temas importantes para o meio ambiente (Germano Lüders/Exame)
Lucas Agrela
Publicado em 20 de novembro de 2019 às 14h00.
Última atualização em 20 de novembro de 2019 às 15h00.
São Paulo – Um novo estudo publicado no periódico científico Nature Communications analisou os benefícios da descarbonização do setor de energia, um dos setores que mais emitem poluentes na atmosfera atualmente. Os autores sugerem que a adoção de fontes renováveis de geração de energia podem reduzir em até 80% as emissões de carbono em 2050.
"A saúde humana sai ganhando com a redução de emissão de poluentes: ao mudarmos para fontes renováveis de produção de eletricidade, poderemos eliminar os efeitos negativos para a saúde humana em até 80%", afirma, em nota, Gunnar Luderer, autor do estudo do Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático. "Isso é, principalmente, por causa da redução de poluição do ar com queima de combustíveis. Fora isso, as cadeias de fornecimento para energias solares e eólicas são muito mais limpas do que a extração de combustíveis fósseis ou do que a produção de bioenergia", escreveu Luderer.
No entanto, a solução apresentada não é livre de desafios. A produção de energia renovável precisaria de mais terrenos do que o exigido por combustíveis fósseis atualmente – e esse espaço é limitado e se torna cada vez mais escasso. Toda essa energia gerada de forma mais limpa precisa, também, ser bem armazenada em superbaterias, algo que o empresário Elon Musk tenta fazer na Austrália. Fora isso, além de metais comuns, seriam necessários alguns específicos, como o neodímio e o telúrio, usados, respectivamente, em turbinas eólicas e em células de energia solar.
Com isso, o mundo pode deixar de ter guerras pelo petróleo e os minerais podem se tornar o motivo de novos conflitos em um futuro mais verde.