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Quem é sociável e bom em matemática ganha mais, diz estudo

Estudo demonstra que ter facilidade com números e com relacionamentos tem mais impacto no salário do que há 30 anos

Matemática: ser bom com números e com pessoas pode ser a "fórmula" para o sucesso (Vince Pettacio/Stock Exchange/Reprodução)

Claudia Gasparini

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 17h24.

São Paulo - Se você tem jeito com números e costuma se relacionar bem com as outras pessoas, pode comemorar: suas chances de ter um bom salário são altas.

Um estudo recente feito na Universidade da Califórnia, de Santa Bárbara, mostrou que ser bom em matemática e ter boas habilidades sociais traz mais sucesso profissional do que nunca, segundo a Harvard Business Review.

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Profissionais que exibem as duas competências ao mesmo tempo tiveram mais ganhos de renda num período de 20 anos do que aqueles que só possuem uma delas. Além disso, apresentar o “combo” diante do mercado de trabalho tem muito mais impacto hoje do que há 30 anos.

A pesquisa comparou dois grupos de estudantes homens, brancos, cursando o último ano do ensino médio nos Estados Unidos e integrando as classes de 1972 e 1992. O estudo contrastou as competências matemáticas e sociais dos dois grupos com as rendas que conquistaram 7 anos depois de se formarem.

Aqueles que acabaram com os maiores salários eram justamente os que eram bons com números, assumiam papéis de liderança na escola e se envolviam com atividades esportivas ou culturais - ou seja, os sociáveis que também eram "craques" em exatas.

“O grupo ligado a esportes e liderança tende mais a assumir um cargo com nível mais alto de responsabilidade para direção, controle e planejamento”, diz o estudo.

O grupo de estudantes brancos e do sexo masculino foi escolhido para a pesquisa pois suas atividades se mantiveram estáveis no período abrangido da pesquisa. Entre 1972 e 1992, esses mesmos índices mudaram muito para mulheres e negros. Os pesquisadores acreditam que os resultados podem, mesmo assim, ser aplicados a outros grupos.

O segredo da "fórmula"

Mas o que torna a soma dessas duas competências tão valiosa? A resposta pode estar nos avanços tecnológicos, segundo outro estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Columbia e da Universidade de Stanford.

O que os acadêmicos argumentam é que, para adotar novas tecnologias, não é suficiente ter treinamento técnico, mas também aprender a se comunicar e a trabalhar em equipe.

Numa época de aceleração dos avanços tecnológicos, conclui a HBR, a economia “premia” quem conseguir apresentar habilidades numéricas e interpessoais para impulsionar a inovação e trazer resultados.

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