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Projeto de vacina contra malária mostra alta eficácia, diz Oxford

A vacina, R21/Matrix-M, é a primeira a atingir a meta de eficácia de 75% definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de acordo com a universidade de Oxford

(Hailshadow/Getty Images)
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AFP

Publicado em 23 de abril de 2021 às 18h49.

Última atualização em 23 de abril de 2021 às 18h58.

Um projeto de vacina contra a malária demonstrou uma eficácia sem precedentes de 77% em testes clínicos na África, anunciando um avanço na luta contra esta doença que mata principalmente crianças, anunciou a Universidade de Oxford nesta sexta-feira, 23.

Essa vacina, R21/Matrix-M, é a primeira a atingir a meta de eficácia de 75% definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de acordo com a universidade, que colabora no seu desenvolvimento com a farmacêutica americana Novavax.

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Publicados na revista científica The Lancet, "esses novos resultados dão grande esperança sobre o potencial dessa vacina", comentou em um comunicado o professor Adrian Hill, diretor do Instituto Jenner em Oxford, que também desenvolveu a vacina contra covid-19 com a AstraZeneca.

Esse soro, que pode ser aprovado para uso em dois anos, dá esperança diante dos temores de que a malária se torne resistente aos tratamentos.

Essa doença parasitária transmitida por mosquitos matou mais de 400.000 pessoas em todo o mundo em 2019, dois terços delas com menos de 5 anos. A grande maioria dos casos (94% das 229 milhões de infecções no mundo) e mortes ocorrem na África, de acordo com a OMS.

De acordo com um ensaio clínico de Fase 2 de 2019 com 450 crianças de 5 a 17 meses em Burkina Faso, a vacina da Universidade de Oxford foi 77% eficaz nas que receberam uma dose alta e 71% nas que receberam uma dose mais baixa.

Efeitos colaterais graves não foram observados. 4.800 crianças já começaram a ser recrutadas em quatro países africanos para a fase final dos ensaios clínicos.

A vacina pode ser fabricada em grande escala e com baixo custo, segundo seus idealizadores. Uma parceria com o Serum Institute of India (SII), que também produz a vacina contra o coronavírus da Oxford/AstraZeneca, permitirá que "pelo menos 200 milhões de doses sejam fabricadas anualmente nos próximos anos", segundo Hill.

Outra vacina, desenvolvida pelo gigante britânico GSK, foi administrada a cerca de 650.000 crianças desde 2019 em Malawi, Gana e Quênia como parte de um programa piloto da OMS.

No entanto, esta é menos eficaz, prevenindo quatro em cada dez casos de malária e três em cada dez casos de malária grave com risco de morte.

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