Ciência

Possível epidemia de pneumonia está sendo investigada na China

Mais de 50 casos de pneumonia foram registrados em dezembro em Hubei, na China

Doenças respiratórias: autoridades locais chinesas investigam origem de casos de penumonia em Hubei (Getty Images/Divulgação)

Doenças respiratórias: autoridades locais chinesas investigam origem de casos de penumonia em Hubei (Getty Images/Divulgação)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 8 de janeiro de 2020 às 13h27.

São Paulo -  Autoridades de saúde da China estão investigando mais de 50 casos de pneumonia que foram relatados na província de Hubei desde dezembro de 2019. A doença, considerada misteriosa, ainda não teve sua causa identificada e afetou 59 pessoas na cidade de Wuhan. Alguns dos sintomas relatados pelos pacientes foram febre e dificuldade para respirar.

Grande parte dos afetados trabalhavam em um mercado local, conhecido pelo comércio de frutos do mar. O estabelecimento foi fechado pelo Comitê Municipal de Saúde de Wuhan no dia 1 de janeiro de 2020, e as questões higiênicas do local estão sendo investigadas. Os relatos tiveram início no dia 12 de dezembro de 2019 e terminaram no dia 29 de dezembro.

Apesar de não existirem mais relatos desde então, Shenglan Tang, professor da Universidade Duke na Carolina do Norte, informou à revista NewScientist que ainda é muito cedo para determinar se a possível epidemia na população se espalhará mais. Tang complementou dizendo que é possível que a causa da doença seja um vírus ou uma bactéria, mas ainda não há informações que comprovem que a infecção é contagiosa.

Até o momento, as autoridades da China já descartaram doenças como a síndrome respiratória aguda grave (SARS), a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a gripe aviária. Os afetados estão em um tratamento hospitalar isolado, e os funcionários do hospital foram instruídos a reportarem para as autoridades qualquer paciente com sintomas de febre ou pneumonia, e identificar possíveis viajantes que também estejam com esses sintomas.

Ainda que não tenha ocorrido nenhum surto hospitalar até então, a Autoridade Hospitalar chinesa pede que os pacientes permaneçam isolados e que as pessoas com quem tiveram contato sejam analisadas. Além disso, o Centro de Proteção à Saúde de Hong Kong também está implementando sensores corporais nos viajantes que chegam pelo Aeroporto Internacional, afim de medir sua temperatura. Quem chega de trem também pode ter sua temperatura medida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está acompanhando os acontecimentos, e não aconselha que as autoridades realizem imposições de viagens turísticas ou comerciais por enquanto.

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