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Parte do fóssil de Luzia pode ter sido encontrada no Museu Nacional

Técnicos afirmam que até 80% do crânio pode ser recuperada

Cópia do busto de Luzia encontrada na USP: fóssil é uma das mais importantes peças do acervo do museu (Duda Teixeira/VEJA)
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Ariane Alves

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 16h17.

Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 16h19.

São Paulo - Técnicos que realizam buscas nos escombros do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que sofreu um incêndio de graves proporções no dia 2 de setembro, afirmam ter encontrado 80% do crânio de Luzia, descoberta em Minas Gerais na década de 1970 e tida como o fóssil humano mais antigo das Américas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (19) pela direção do Museu em entrevista coletiva.

Até então, a perda do fóssil de Luzia no incêndio era considerada uma das maiores baixas do acervo, que contava com mais de 20 milhões de itens. A descoberta teve grande impacto na ciência por mudar a teoria de povoamento do continente americano. Os fragmentos encontrados ainda não podem ser atribuídos como sendo realmente Luzia, porém os pesquisadores consideram que as chances são bem altas.

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Alexandre Kellner, diretor do museu, comemorou o achado. “O crânio foi encontrado fragmentado, já achamos praticamente todo o crânio e 80% dos fragmentos já foram identificados e podemos aumentar esse número”, disse Kellner.

Segundo os técnicos, nas buscas foram encontradas parte frontal do crânio (testa e nariz), parte lateral, alguns ossos resistentes e o fragmento de um fêmur. O crânio estava guardado em uma caixa, que também teve uma parte recuperada. Segundo os cientistas, o próximo passo é trabalhar na restauração das partes encontradas.

As buscas pelos fragmentos incendiados no interior do Museu se iniciaram há um mês e estão previstas para durar até fevereiro de 2019.

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