OMS sugere que países restrinjam bebidas alcoólicas durante quarentena
Organização Mundial da Saúde pede que governos fiscalizem e restrinjam o consumo de álcool durante pandemia
Maria Eduarda Cury
Publicado em 15 de abril de 2020 às 17h09.
Última atualização em 16 de abril de 2020 às 13h19.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), governos e empresas deveriam reduzir a venda de bebidas alcoólicas durante a quarentena pelo coronavírus . Além do consumo excessivo de álcool ser responsável por prejudicar a imunidade do indivíduo, ele também pode ocasionar brigas dentro de casa, segundo a OMS.
A seção da Europa da OMS afirmou, nesta quarta-feira, 15, que bebidas alcoólicas não são úteis para proteger seres humanos contra o novo coronavírus.
Em comunicado oficial, a organização declarou que "medo e desinformação geraram um mito perigoso de que bebidas com alto teor alcoólico podem matar o coronavírus. Não matam."
Em todo o mundo, cerca de 3 milhões de pessoas morrem todo ano devido ao uso abusivo de álcool - e um terço destas mortes acontecem na Europa, aponta a entidade.
Consumir bebidas alcoólicas durante um período de isolamento pode, ainda que de forma não intencional, estimular com que o indivíduo tenha comportamentos de risco: "Pessoas com tendência ao consumo abusivo estão especialmente vulneráveis, principalmente em autoisolamento", diz a OMS no comunicado.
A organização também reforçou que, além de reduzir o número de vendas, também é necessário que os órgãos de cada país reforcem os regulamentos tradicionais de segurança, como a idade mínima para consumo. Outra medida que deve ser reforçada é a proibição de publicidade de bebidas com álcool.