Ciclone-bomba: fenômeno atingiu a região Sul do país e deixou 10 mortos (Prefeitura de Chapecó/Divulgação)
Tamires Vitorio
Publicado em 1 de julho de 2020 às 20h31.
Última atualização em 1 de julho de 2020 às 20h35.
Um "ciclone-bomba" atingiu o Sul do Brasil com ventos de até 100km/h e até neve e deixou dez mortos. O fenômeno era prvisto desde o início da semana, mas, mesmo assim, causou estragos. A metereologia também aponta que o fenômeno vai impactar a região Sudeste, porém de forma mais leve, causando alterações climáticas.
Mas o que é, afinal, um "ciclone-bomba?".
Os ciclones extratropicais são extremamente comuns e acontecem por conta da baixa pressão atmosférica, chegando a menos de 24 hectopascais em um dia. E aí que as "bombas" acontecem.
"Esse tipo de sistema atua nas porções mais ao sul do continente sul-americano, bem como no Oceano Pacífico e Atlântico, com pouca possibilidade de atuar no norte", disse à EXAME o professor Ricardo de Camargo, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
Os ciclones-bomba, segundo Camargo, "além de propiciar a entrada de massas de ar frio, normalmente estão associados organização de precipitação intensa e à ocorrência de ventos muito fortes". "Essas áreas de chuva e de ventos fortes pode ser bastante extensas ao redor do centro do ciclone", diz.
Apesar de esse tipo de fenômeno ter um nome chamativo, ele é comum e não há motivo para pânico generalizado -- desde que as cidades estejam preparadas para lidar com eles.