Ciência

Nuvem "gigante e estranha" volta a cobrir Marte

Nuvem gigante tem 1.800 quilômetros de comprimento e aparece e desaparece frequentemente. Por que? Cientistas tentam descobrir

Marte: nuvem misteriosa cobre planeta (ESA/Reprodução)

Marte: nuvem misteriosa cobre planeta (ESA/Reprodução)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 30 de julho de 2020 às 13h40.

Última atualização em 2 de agosto de 2020 às 11h01.

Não é a primeira vez que isso acontece, mas uma nuvem considerada esquisita pelos cientistas acaba de cobrir Marte. Segundo a agência europeia European Space Agency (ESA), a "nuvem alongada" aparece ao longo do vulcão Arsia Mons, que tem 20 km de altura e fica perto do equador do planeta.

A primeira vez que essa nuvem surgiu foi há 11 anos, em 2009, e desde então ela tem sido um mistério para os astronômos.

De acordo com a própria ESA, "a nuvem é feita de água congelada, mas, apesar de sua aparência, não conseguirá causar atividades vulcânicas" e a última vez que o vulcão marciano apresentou algum tipo de atividade foi há 50 milhões de anos. Mas a nuvem, identificada nos dias 17 e 19 de julho, é uma gigante e tem 1.800 quilômetros de comprimento.

As nuvens aparecem e desaparecem quase que na mesma velocidade, seguindo o ano marciano. Por lá, os dias duram 24 horas, 39 minutos e 35 segundos. Um ano em Marte pode durar até 668 dias, o que faz com que as estações (como inverno, verão, primavera e outono) também durem mais do que na Terra. "Essas nuvens se formam todo ano em Marte nessa temporada próxima ao solstício do sul, e se repete por 80 dias ou mais, seguindo um rápido ciclo diário. Mas não sabemos se elas são sempre tão impressionantes", afirmou  Jorge Hernandez-Bernal, da University of the Basque Country, na Espanha, e autor do estudo sobre a nuvem marciana, em um comunicado.

Agora os cientistas querem saber: por quanto tempo essa nuvem apareceu e reapereceu? Por que ela só aparece de manhã cedo? Mais um mistério de Marte --- planeta que virou o destino principal de diversas missões espaciais no mundo todo.

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