Ciência

Nuvem de poeira enorme viaja do Saara para o continente americano

Nuvem de poeira Godzilla já viajou mais de 5 mil quilômetros até o Caribe e encostou na Venezuela

Nuvem de poeira: fenômeno é composto de ar muito seco e com poeira do deserto africano (Sumy Sadurni / Barcroft/Getty Images)

Nuvem de poeira: fenômeno é composto de ar muito seco e com poeira do deserto africano (Sumy Sadurni / Barcroft/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 24 de junho de 2020 às 10h27.

Última atualização em 24 de junho de 2020 às 15h06.

Como se já não bastassem os asteroides, os buracos negros e a nuvem de ganhafotos que viaja pela Argentina e se aproxima do Brasil, a última que a natureza jogou em nossos colos é a "nuvem de poeira Godzilla", como foi apelidada pelos cientistas.

Essa nuvem de poeira é uma grande macha opaca que está sobre parte do Oceano Atlântico por dias --- um sinal inequívoco de uma nuvem de ar do Saara, composta de ar muito seco e com poeira do deserto africano. É um fenômeno recorrente mas que, como tudo neste ano, aparentemente se intensificou em 2020.

Enquanto não alcança o continente americano, a nuvem Godzilla já tem mostrado seus efeitos no Caribe. Diversos países recomendaram que seus cidadãos usem máscaras e evitem atividades ao ar livre --- não pelo novo coronavírus, mas sim pela alta concentração de partículas da Godzilla no ar.

Uma previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) acredita que a poeira do Saara está se movendo rumo ao oeste pelo Mar do Caribe, o que a faria alcançar locais da América do Sul, da América Central e da Costa do Golfo dos Estados Unidos. Tudo isso já nos próximos dias.

A nuvem de poeira começou a aparecer nos últimos dias e tem se intensificado ao longo dos dias. Para se ter uma ideia, há uma semana o fenômeno foi observado em uma área do oeste da África, mas agora já percorreceu mais de 5 mil quilômetros para chegar até o Caribe, e encostou em locais do continente americano, como a Venezuela.

Como se 2020 já não estivesse doido o suficiente.

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