Nova espécie de dinossauro é descoberta na China
O estranho animal, batizado "Tongtianlong limosus", viveu no sul da China no final do período Cretáceo, pouco antes de um asteroide cair na Terra
AFP
Publicado em 10 de novembro de 2016 às 17h49.
Última atualização em 10 de novembro de 2016 às 17h50.
Uma nova espécie de dinossauro , maior do que o um cão, com uma crista na cabeça, penas e queixo saliente, foi identificada na China , de acordo com um estudo publicado na quinta-feira na revista Scientific Reports, do grupo Nature.
O estranho animal, batizado "Tongtianlong limosus", viveu no sul da China no final do período Cretáceo, pouco antes de um asteroide cair na Terra provocando a extinção desses animais pré-históricos.
Com 70 cm de comprimento, incluindo a cauda, o "Tongtianlong" pertence à família Oviraptorosauria, terópodes próximos às aves que viveram na América do Norte e na Ásia.
Com um tamanho que varia entre o de um elefante e o de um peru, estes dinossauros com penas não tinham dentes e se alimentavam provavelmente de ovos, crustáceos, plantas ou avelãs. No total, mais de 35 espécies de Oviraptorosauria já foram registradas.
Os pesquisadores encontraram o fóssil da nova espécie em uma posição incomum: deitado de barriga para baixo com os braços estendidos para os lados do corpo, com o pescoço arqueado e a cabeça erguida.
Uma das hipóteses que explica essa posição é que o animal tenha morrido após ficar atolado na lama e lutar, sem sucesso, para sair. Daí o seu nome: "Tongtianlong limosus", que significa "dragão enlameado a caminho do céu".
Os restos fossilizados, bem preservados, foram encontrados por trabalhadores da construção em um canteiro de obras na cidade de Ganzhou, na província de Jiangxi, no sul da China, região onde outras cinco espécies de Oviraptorosauria foram descobertas nos últimos cinco anos.
Segundo a equipe de pesquisa, liderada por Junchang Lü, da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, a descoberta do "Tongtianlong" mostra a grande diversidade de Oviraptorosauria na Ásia no final do Cretáceo (há 72 milhões de anos) e ajuda a construir uma imagem mais completa dos últimos dinossauros que povoaram o planeta.