Nobel de Química: cientistas vencem com desenvolvimento da organocatálise
Pesquisa do alemão Benjamin List e do americano David MacMillan melhorou a pesquisa farmacêutica
AFP
Publicado em 6 de outubro de 2021 às 08h04.
Última atualização em 6 de outubro de 2021 às 08h28.
O Prêmio Nobel de Química foi atribuído nesta quarta-feira (6) ao alemão Benjamin List e ao americano David MacMillan pelo desenvolvimento de uma nova ferramenta de construção de moléculas, o que deixou a Química mais "verde" e melhorou a pesquisa farmacêutica.
Os dois cientistas foram premiados pelo "desenvolvimento das organocatálise assimétrica", anunciou o júri do Nobel de Estocolmo.
Os catalisadores - substâncias que controlam a e aceleram reações químicas, mas não fazem parte do produto final - são mecanismos fundamentais para os químicos.
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Mas durante muito tempo os cientistas pensavam que havia apenas dois tipos de catalisadores disponíveis: os metais e as enzimas.
Benjamin List e David MacMillan, ambos de 53 anos, recebem o prestigioso prêmio pelo desenvolvimento em 2000, de maneira independente um do outro, de um "terceiro tipo de catálise, a organocatálise", um âmbito que avançou em "velocidade prodigiosa desde os anos 2000", explicou o júri do Nobel.
No ano passado, o prêmio foi atribuído a Emmanuelle Charpentier (França) e Jennifer Doudna (EUA), por suas pesquisas sobre as "tesouras moleculares", um avanço revolucionário para modificar os genes humanos.
A temporada do Nobel, que anunciou os vencedores de Medicina e Física na segunda-feira e terça-feira, prossegue na quinta-feira com o prêmio de Literatura e na sexta-feira com o da Paz. A categoria Economia é a última, na próxima segunda-feira (11).
Por causa da crise sanitária, pelo segundo ano consecutivo os vencedores receberão o prêmio em seus países de residência, mas ainda há uma pequena esperança de que o Nobel da Paz seja entregue em Oslo.