Ciência

NASA revela que 2019 foi o segundo ano mais quente já registrado

Após 2016, a NASA analisou que o último ano foi o que apresentou temperaturas mais altas desde 1880

Aquecimento global: 2019 foi o segundo ano mais quente desde o início dos registros, em 1880 (Getty Images/Reprodução)

Aquecimento global: 2019 foi o segundo ano mais quente desde o início dos registros, em 1880 (Getty Images/Reprodução)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 16h53.

São Paulo - Segundo análises da agência especial americana Nasa e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), a Terra teve a segunda temperatura global mais quente desde o início do registro anual, que aconteceu em 1880, ficando atrás apenas de 2016. Em 2019, as temperaturas tiveram um aumento de 0,88ºC, e se tornou a década mais quente já registrada - e os últimos 5 anos da década foram os mais quentes dos últimos 140 anos.

Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa (GISS), informou que, desde 1960, todas as décadas seguintes foram mais quentes do que as décadas anteriores. Desde o final do século XIX, a temperatura média da superfície global aumentou cerca de 1ºC; para efeito de comparação, durante a última Era Glacial, a temperatura global era cerca de 12ºC mais fria do que o comum.

Fazendo uso de modelos climáticos e estatísticas de dados, os cientistas concluíram que o aumento foi gerado pelo aumento de emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

"Atravessamos um território de mais de 2 graus Fahrenheit em 2015 e é improvável que voltemos. Isso mostra que o que está acontecendo é persistente, não um golpe de sorte devido a algum fenômeno climático: sabemos que as tendências de longo prazo estão sendo impulsionadas pelos níveis crescentes de gases de efeito estufa na atmosfera", disse Schmidt, em comunicado. Confira, abaixo, o vídeo feito pelo GISS para exemplificar a descoberta:

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Levando em consideração que as localizações das estações meteorológicas e a prática de medição das temperaturas mudam conforme as décadas, a Nasa estimou que é possível ter apenas 95% de certeza do aumento. Além disso, a dinâmica climática faz com que nem todas as regiões do planeta experimentem a mesma condição de temperatura: enquanto os Estados Unidos tiveram a 34ª  temperatura mais quente desde 1880, o Ártico teve um aumento de temperatura três vezes mais intenso desde 1970.

Essas análises são resultado de uma média das medições de mais de 20 mil estações meteorológicas espalhadas pelo mundo, observações feitas a partir do nível do mar e estações de pesquisa situadas na Antártica, além de levar em conta os efeitos das ilhas de calor urbanas.

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