Ciência

NASA e SpaceX lançam foguete para trazer astronautas que estão presos no espaço

A chegada da Crew-10 à estação permitirá o retorno de Wilmore e Williams, dois astronautas veteranos da NASA que está há nove meses no espaço

Space X: astronautas estão em órbita desde junho do ano passado (Nasa/Divulgação)

Space X: astronautas estão em órbita desde junho do ano passado (Nasa/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 14 de março de 2025 às 16h57.

A Nasa e a SpaceX farão nesta sexta-feira, 14 de março, a contagem regressiva para o lançamento de um foguete tripulado que permitirá trazer de volta para casa os astronautas norte-americanos Butch Wilmore e Suni Williams, que estão na Estação Espacial Internacional (ISS) há nove meses.

Os astronautas estão em órbita desde junho do ano passado, quando pilotaram o voo inaugural tripulado da cápsula Starliner, da Boeing. Eles esperavam permanecer no espaço por cerca de uma semana, mas diversos problemas detectados durante a viagem, incluindo vazamentos de hélio e falhas no sistema de propulsão, levaram a Nasa a considerar a Starliner muito arriscada para trazer os astronautas de volta a bordo.

O lançamento, inicialmente agendado para quarta-feira, 12 de março, foi adiado devido a um problema de última hora com os sistemas de solo do foguete. Agora, programado para decolar às 20h03 (horário de Brasília) desta sexta-feira, 14 de março, a missão Crew-10 da SpaceX levará quatro astronautas à ISS. O acoplamento está previsto para a noite de sábado, 15 de março, às 00h30 (horário de Brasília).

A chegada da Crew-10 à estação permitirá o retorno de Wilmore e Williams, dois astronautas veteranos da NASA e pilotos de teste da Marinha dos EUA. Em junho de 2024, Wilmore e Williams foram os primeiros humanos a testar a espaçonave Starliner da Boeing na ISS. Porém, problemas com o sistema de propulsão da Starliner durante o voo atrasaram a estadia dos astronautas na estação, o que resultou no plano atual de trazê-los de volta em uma cápsula da SpaceX.

"Viemos preparados para ficar muito tempo, embora tenhamos planejado ficar pouco tempo", disse Wilmore. "É disso que se trata o programa de voos espaciais humanos: planejar para contingências desconhecidas e inesperadas, e nós fizemos isso", completou.

A NASA, por sua vez, afirmou que Wilmore e Williams continuam realizando pesquisas científicas e manutenção de rotina com os outros astronautas na estação, e estão em segurança.

Além disso, a situação envolveu questões políticas, já que o presidente Donald Trump e seu conselheiro, Elon Musk, presidente-executivo da SpaceX, alegaram sem provas que o presidente Joe Biden teria deixado Wilmore e Williams na estação por motivos políticos. Wilmore, no entanto, descartou a ideia, afirmando que, do seu ponto de vista, a política não teve impacto na decisão da NASA de manter a dupla na ISS até a chegada da Crew-10.

Mudanças no cronograma e retorno da tripulação

A missão Crew-10 também reflete mudanças na programação inicial. A missão, que tinha como data-alvo o dia 26 de março, foi antecipada devido à troca de cápsulas da SpaceX para garantir o retorno dos astronautas norte-americanos em tempo adequado. Wilmore e Williams, junto ao astronauta da NASA Nick Hague e ao cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov, poderão retornar à Terra em uma cápsula já acoplada à ISS, parte da missão Crew-9, desde setembro de 2024.

A NASA determinou que Wilmore e Williams não poderiam partir até a chegada da nova tripulação, a fim de garantir que houvesse astronautas norte-americanos suficientes para a manutenção da estação.

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