Ciência

Nasa e Boeing preveem para julho o lançamento de cápsula espacial Starliner rumo à ISS

Sucesso da missão é crucial para certificar a Boeing e iniciar uma fase de voos operacionais da espaçonave

A cápsula espacial CST-100 Starliner em momento de pouso no campo de mísseis de White Sands, após um voo de testes não tripulado, em maio de 2022 (Agence France-Presse/AFP)

A cápsula espacial CST-100 Starliner em momento de pouso no campo de mísseis de White Sands, após um voo de testes não tripulado, em maio de 2022 (Agence France-Presse/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 30 de março de 2023 às 16h00.

Última atualização em 30 de março de 2023 às 16h07.

O primeiro voo tripulado da cápsula espacial Starliner, da Boeing, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), ocorrerá em julho, informaram dirigentes da Boeing e da Nasa nesta quarta-feira, 29.

A missão do CST-100 Starliner, prevista até agora para abril, ocorrerá depois de 21 de julho, disseram os funcionários.

"Deliberamos e decidimos que a melhor tentativa de lançamento é não antes de 21 de julho para o CFT", o voo de testes tripulado, informou à imprensa Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da Nasa.

"Nós nos sentimos muito confiantes com essa data", acrescentou Mark Nappi, diretor do programa da Starliner na Boeing.

Stich disse que é necessário mais tempo para certificar o sistema de paraquedas, projetado para trazer astronautas e a nave de forma segura de volta à Terra. Um teste em solo dos paraquedas será realizado em maio.

A nave será lançada ao espaço em um foguete Atlas V, fabricado pela United Launch Alliance, de Cabo Canaveral, na Flórida, Estados Unidos.

Voos operacionais

Se a missão for bem-sucedida, a cápsula da Boeing será finalmente certificada e começará seus voos operacionais, em data ainda a determinar.

A Boeing esperava realizar seu primeiro voo tripulado do CST-100 Starliner em 2022, mas sofreu vários atrasos.

Em maio de 2022, a companhia conseguiu, por fim, chegar à ISS pela primeira vez, sem levar tripulantes.

Em 2014, pouco depois do fim do programa dos ônibus espaciais, em uma época em que os Estados Unidos dependiam dos foguetes russos Soyuz para chegar à ISS, a Nasa concedeu contratos a preços fixos à Boeing de US$ 4,2 bilhões (aproximadamente R$ 11 bilhões, em valores da época) e à SpaceX, de US$ 2,6 bilhões (R$ 6,9 bilhões).

A Nasa quer certificar a Starliner como um segundo serviço de "táxi" para seus astronautas à estação espacial, um papel que a SpaceX, de Elon Musk, assumiu desde que teve êxito um voo de testes da cápsula Dragon, em 2020.

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