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Morre Marvin Minsky, pioneiro da inteligência artificial

Aos 88 anos, o cientista faleceu devido a uma hemorragia cerebral


	O cientista Marvin Minsky recebeu vários prêmios internacionais por seu trabalho pioneiro e seu papel de mentor no campo da inteligência artificial
 (Mardetanha/Wikimedia Commons)

O cientista Marvin Minsky recebeu vários prêmios internacionais por seu trabalho pioneiro e seu papel de mentor no campo da inteligência artificial (Mardetanha/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 15h42.

Washington - O cientista americano Marvin Minsky, pioneiro da inteligência artificial, morreu no domingo passado aos 88 anos em um hospital de Boston (EUA) devido a uma hemorragia cerebral, segundo informou nesta terça-feira o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), onde era professor emérito.

Minsky, nascido em Nova York em 1927, recebeu vários prêmios internacionais por seu trabalho pioneiro e seu papel de mentor no campo da inteligência artificial, entre eles o Turing, a mais alta honra em ciência informática, em 1969.

"Foi o especialista mais importante na teoria da inteligência artificial e seu livro 'The Society of Mind' ("A Sociedade da Mente" é considerado uma exploração 'transcendente' da estrutura e da função cerebral", segundo descreveu o MIT em seu obituário.

O cientista se incorporou ao Departamento de Ciência Informática e Engenharia Elétrica do MIT em 1958 e foi um dos fundadores do Laboratório de Inteligência Artificial um ano depois.

No laboratório explorou como dotar as máquinas de percepção e inteligência similar à humana, criou mãos robóticas com capacidade para manipular objetos, desenvolveu novos marcos de programação e escreveu de maneira extensa sobre assuntos filosóficos relacionados com a inteligência artificial.

Minsky estava convencido de que o homem desenvolverá um dia máquinas que vão competir com sua inteligência, embora nos últimos anos tenha advertido que "quanto vai demorar dependerá de quanta gente estiver trabalhando nos problemas corretos".

Em 1985, Minsky passou a ser membro fundador do Laboratório de Mídia do MIT, onde foi professor e mentor até pouco antes de sua morte.

O matemático nova-iorquino via o cérebro como uma máquina cujo funcionamento pode ser estudado e replicado em um computador, algo que poderia ajudar a compreender melhor o cérebro humano e as funções mentais superiores.

Entre essas perguntas estão as de como dotar as máquinas de bom senso, o conhecimento que os humanos adquirem a cada dia através da experiência; ou como, por exemplo, ensinar a um sofisticado computador que para arrastar um objeto com uma corda precisa puxar e não empurrar, um conceito simples de aprender para uma criança de dois anos.

O cientista publicou seu último livro em 2006, sob o título "The Emotion Machine: Commonsense Thinking, Artificial Intelligence, and the Future of the Human Mind", ("A Máquina das Emoções: Pensamento de Bom Senso, Inteligência Artificial, e o Futuro da Mente Humana").

Minsky entrou na Universidade de Harvard após lutar com a Marinha dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

Após se graduar da famosa universidade, localizada como o MIT em Cambridge (Massachusetts), se incorporou à Universidade de Princeton, onde obteve seu doutorado em matemática quatro anos depois.

Em seu primeiro ano em Princeton, construiu sua primeira rede de simulação neuronal.

Além de seu reconhecimento no campo da inteligência artificial, Minsky era um talentoso pianista e publicou em 1981 um influente artigo que iluminou as conexões entre a música, a psicologia e a mente. 

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