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Minério converte luz solar, calor e movimento em eletricidade

Cientistas encontraram um material com propriedades para extrair energia de várias fontes ao mesmo tempo

Material: o minério é um tipo de cristal, chamado de KBNNO, que pode ser um modo alternativo de carregar aparelhos eletrônicos (Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 17h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h37.

As energia renováveis podem ganhar uma nova fonte. Cientistas da Universidade de Oulu, na Finlândia, acabam de descobrir um mineral que é capaz de transformar luz solar, calor e energia cinética em eletricidade. E o mais impressionante: tudo ao mesmo tempo.

O material é um tipo de cristal, chamado de KBNNO, que  pode ser um modo alternativo de carregar aparelhos eletrônicos, como celulares e laptops, e outros apetrechos high-tech – já que ele não teria energia o suficiente para abastecer uma casa inteira.

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O elemento faz parte da família perovskita – minerais raros que são capazes de produzir energia a partir de algumas fontes: raios solares, temperatura e movimento.

Esta é a primeira vez que os pesquisadores conseguem identificar um material que possa converter as três fontes simultaneamente.

De acordo com o estudo, publicado no jornal Applied Physics Letters , o KBNNO é um material ferroelétrico com moléculas polares, que funcionam como as agulhas de uma bússola.

Quando são estimuladas por algum fator físico, como a mudança de temperatura, por exemplo, elas acabam se desalinhando – o que desencadeia uma corrente elétrica.

O único empecilho dessa nova descoberta seria a eficácia da produção de energia, que é menor em comparação com os perovskitas especializados, como a de células solares – que já são usadas em tecnologias de captação de luz.

Mais baratas, já bateram o recorde de eficiência, passando de 3,8% de conversão de eletricidade em 2009, para 25,5% em 2016. Mas, enfrentam um problema natural: e quando não há luz do Sol?

E é aí que entra o KBNNO. Os pesquisadores estão otimistas e acreditam que é possível aumentar o nível de eficiência com ajustes na composição do material. A expectativa é que o mineral já esteja pronto para ser comercializado em 2018.

Texto publicado originalmente no siteSuperinteressante.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaPesquisas científicas

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