Depressão: atualmente, os tratamentos envolvem a recaptação de neurotransmissor presente no intestino; estudos comprovam a relação entre a falta de serotonina no cérebro e os suicídios (Stock.Xchange)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2013 às 11h23.
São Paulo - O médico americano Michael D. Gershon, da Universidade de Columbia NY, recentemente confirmou que o intestino tem seu próprio sistema nervoso autônomo, com uma rede de 100 milhões de neurônios, que por sua vez, liberam os neurotransmissores, substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre as células nervosas.
Deste modo, 90% da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar, é produzida pelos intestinos. Ele produz também 80% do potencial de imunidade do corpo humano, além de ser grande produtor do hormônio do crescimento.
Atualmente, os tratamentos de depressão envolvem a recaptação desse neurotransmissor (estudos comprovam a relação entre a falta de serotonina no cérebro e os suicídios). Várias necropsias apontaram a falta de serotonina no hipocampo, região do cérebro responsável pelos circuitos de prazer e dor.
“Uma noite mal dormida, excesso de bebida, fumo e muito açúcar podem interferir no funcionamento do intestino, já que estes fatores modificam o PH intestinal e aceleram o envelhecimento, a falta de vitalidade e podem ainda agravar os quadros de depressão”, afirma Adriana Splendore, psicoterapeuta e terapeuta ortomolecular.
Água e fibras são importantes para o funcionamento dos intestinos, assim como a aveia, o inhame, o arroz integral e a linhaça, de acordo com a terapeuta.
“Para aumentar os níveis cerebrais de serotonina precisamos ingerir alimentos que contenham os minerais Cálcio e Magnésio, os quais estimulam a produção de triptofano, o aminoácido precursor da serotonina. Entre as fontes de cálcio estão requeijão, queijos magros, brócolis e gergelim. Já as fontes de magnésio são tofu, soja, caju, salmão, espinafre, aveia e arroz integral”, indica Adriana.