Ciência

Uso generalizado de máscaras pode prevenir segunda onda de covid-19

O estudo sobre uso de máscaras para frear o coronavírus foi feito por cientistas nas Universidade de Cambridge e de Greenwich, no Reino Unido

Máscara: uso pode ser uma maneira eficaz de controlar o coronavírus até a chegada de uma vacina (Andre Borges/Getty Images)

Máscara: uso pode ser uma maneira eficaz de controlar o coronavírus até a chegada de uma vacina (Andre Borges/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 10 de junho de 2020 às 10h14.

O uso generalizado de máscaras poderia manter a transmissão da covid-19 em níveis controláveis de epidemias nacionais, além de prevenir ondas futuras da doença, se combinadas com lockdowns. É o que mostra estudo britânico publicado nesta quarta-feira (10). 

Liderada por cientistas nas Universidade de Cambridge e de Greenwich, a pesquisa sugere que os lockdowns não apenas irão impedir o ressurgimento do novo coronavírus, mas que até mesmo as máscaras caseiras podem reduzir dramaticamente as taxas de transmissão se um número suficiente de pessoas as utilizarem em público.

"Nossas análises apoiam a adoção imediata e universal de máscaras faciais por toda a população", disse Richard Stutt, um dos coordenadores do estudo em Cambridge.

Ele diz que as conclusões mostram que se o uso generalizado de máscara for combinado com o distanciamento social e algumas medidas de lockdown, isso poderia ser uma maneira aceitável de administrar a pandemia e a reabertura das atividades econômicas muito antes da disponibilização de uma vacina contra a covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Procedimentos da Sociedade Real A.

A Organização Mundial da Saúde atualizou sua orientação na última sexta-feira (5), recomendando que os governos peçam que todos utilizem máscaras de tecido em áreas públicas onde existam riscos, a fim de reduzir a propagação da doença.

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