Ciência

Maior superlua do ano vai acontecer na noite desta terça-feira

O fenômeno, que dura até a próxima quinta, marca a coincidência da Lua Cheia com o instante em que ela está mais próxima da Terra

Superlua: esta será a maior superlua do ano (Peter Gravesen / 500px/Getty Images)

Superlua: esta será a maior superlua do ano (Peter Gravesen / 500px/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2020 às 16h19.

A maior superlua do ano, conhecida como Superlua Rosa, começa na noite desta terça-feira, 7. O fenômeno, que dura até a próxima quinta, marca a coincidência da Lua Cheia com o instante em que ela está mais próxima da Terra. O satélite estará maior e mais brilhante para quem observar o céu.

Apesar do termo, cunhado nos Estados Unidos, a cor da lua não se altera durante o período. Como esta época marca o início da primavera no hemisfério Norte, é comum o surgimento de uma planta com a flor rosada, fato que inspirou o nome.

"Para nós do hemisfério Sul, esse termo não faz o menor sentido. Acabamos importando esses nomes sem muita lógica. O mesmo acontece na Lua do Caçador, em novembro, que era época em que caçavam e estocavam carne para o inverno lá no hemisfério Norte" explica o astrofísico Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP).

O baixo índice de poluição do ar durante a quarentena, em razão do novo coronavírus, não melhora a visibilidade da lua. Mesmo com a pureza atmosférica, apenas as condições meteorológicas interferem na observação. "A poluição que diminuiu foi a de gases, como poeira e fumaça. Faz diferença para a saúde, mas não para a observação astronômica feita de casa", diz Costa.

As condições ideais para aproveitar a superlua desta terça, portanto, incluem um céu limpo, sem nuvens. Com o tempo nublado em São Paulo, existe o risco de o fenômeno nem dar as caras na capital paulista. Para quem quer muito observá-lo, porém, vale ficar "de plantão" em casa à noite. De acordo com o astrofísico da USP, pode aparecer uma "janelinha" no céu a qualquer momento.

Caso a superlua não venha à tona, é possível apreciá-la online. Um observatório virtual transmite o fenômeno ao vivo no YouTube. Confira:

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Lua

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido