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Japão se prepara para descartar água radioativa no Pacífico

Apesar de polêmico, o plano é visto como única saída para se livrar da água coletada da usina nuclear Fukushima

Usina de Fukushima: o descarte da água radioativa é criticado por pescadores de diferentes nações (Issei Kato/Reuters)
AL

André Lopes

Publicado em 7 de abril de 2021 às 16h30.

Última atualização em 7 de abril de 2021 às 17h49.

O primeiro-ministro Yoshihide Suga afirmou na quarta-feira, 7, que chegou o momento de decidir o derradeiro lugar da água radioativa armazenada na usina nuclear Fukushima , no Japão , apesar da forte oposição de pescadores do próprio país, China e Coreia do Sul, segundo o jornal Japan Times.

A empresa Tokyo Electric Power (Tepco), contratada para conter os detritos, tentou nos últimos anos controlar o acúmulo de água dentro do reservatório, mas não obteve segurança sobre a estabilidade dos tubos de resfriamento, que poderiam ser derretidos ao transferir a água para outro local.

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É descrito como razão para a ideia controversa, principalmente, a falta de tecnologia para remover o excesso de radiação. Assim, a única opção será drená-la para diluir no mar.

Em uma reunião entre Suga e Hiroshi Kishi, presidente da Federação Nacional das Associações de Cooperativas de Pesca, o chefe da associação de pesca reiterou as preocupações sobre os danos à reputação que o despejo no Oceano Pacífico pode causar aos produtos pesqueiros de Fukushima.

Contudo, a decisão pelo descarte é apoiada em um relatório produzido por um painel de especialistas, que foi consultado anteriormente.

Ainda assim, a divulgação oficial do plano só ocorre na próxima terça-feira, 13. Se o governo continuar, o próximo passo será diluir parte das substâncias em 2,5% da concentração máxima permitida pelos padrões nacionais de radioatividade. Isso significa, dizem as autoridades japonesas, que a água não será perigosa para as pessoas — embora só o tempo dirá.

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