Hawking diminuiu a data de validade da civilização. De novo
Atualização dos números é a prova definitiva de que o astrofísico virou estagiário do diretor de filmes-catástrofe Roland Emmerich
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2017 às 14h48.
Última atualização em 9 de maio de 2017 às 16h01.
Em novembro do ano passado, o astrofísico britânico Stephen Hawking deu à civilização um prazo de validade exíguo: mil anos. Segundo ele, se não dermos um jeito de sair da Terra até lá, o planeta irá sucumbir sob o peso da ação humana e se tornar inabitável.
A SUPER, na época, aproveitou a ocasião para fazer uma lista com todos os outros anúncios apocalípticos do cientista, que envolvem inteligência artificial, armas autônomas e até alienígenas – quando o assunto é fim do mundo, não há imaginação mais fértil.
Agora, Hawking atualizou a previsão de 2016. E o novo valor – meros cem anos para o fim! – é a prova definitiva de que o astrofísico virou estagiário do diretor de filmes-catástrofe Roland Emmerich.
A estimativa vem junto com um novo documentário da emissora pública de rádio e TV britânica, a BBC. O programa se chamará Expedição Nova Terra, e sua descrição é tão fleumática quanto um inglês pode ser.
“O professor Stephen Hawking acha que a espécie humana deverá ocupar um novo planeta em no máximo 100 anos se quiser sobreviver. Com as mudanças climáticas, quedas de asteroide iminentes, epidemias e crescimento da população, nosso planeta está cada vez mais precário.”
A ideia do filme é justamente discutir questões-chave para a grande migração que a humanidade, na opinião do cientista, precisará encarar quando nosso planeta virar o mundo poluído de Wall-E. Hibernação induzida para longas viagens espaciais e foguetes de plasma estão na pauta do dia.
Hawking é exagerado, sem dúvida, mas não se limita a anunciar o apocalipse: também toma providências quando necessário.
Ele já assinou uma petição que busca guiar o desenvolvimento de inteligência artificial para que ele seja benéfico para a humanidade, e tem planos, com o bilionário russo Yuri Milner, de levar sondas ao exoplaneta Proxima B em uma viagem de apenas 20 anos.
Elas seriam impulsionadas por canhões laser montados aqui mesmo, na superfície da Terra. O planeta rochoso, que está na zona habitável da anã-vermelha Proxima Centauri, é o astro mais próximo da Terra com potencial para abrigar o ser humano.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Superinteressante.