Ciência

Governo americano pode aumentar orçamento da Nasa para voltar à Lua

Proposta prevê uma alta de 2,5 bilhões de dólares por ano para que a agência espacial americana intensifique o programa Artemis

Lua: governo americano pode aumentar orçamento da Nasa para voltar ao satélite natural (Nasa/Cortesia/Reuters)

Lua: governo americano pode aumentar orçamento da Nasa para voltar ao satélite natural (Nasa/Cortesia/Reuters)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 18h35.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2020 às 18h39.

São Paulo – Um projeto de lei que tramita no congresso dos Estados Unidos pode definir os próximos passos da Nasa no que diz respeito a exploração espacial. A proposta sugere um aumento de 2,5 bilhões de dólares no orçamento anual da agência espacial americana. O objetivo é financiar o programa Artemis, que visa o retorno de humanos à Lua. As informações são do portal Space News.

Em discurso na segunda-feira (10), o administrador da Nasa Jim Bridenstine comentou sobre o projeto que solicita 25,2 bilhões de dólares para a agência espacial durante o ano fiscal de 2021, iniciado já em outubro deste ano. A alta no orçamento é de 12%. "É algo digno da exploração e descoberta do século XXI", afirmou.

Para fechar a conta, a proposta encaminhada para o congresso americano prevê cessar alguns investimentos ainda em vigor. Entre as medidas estão o fechamento de um escritório de educação da própria Nasa, o cancelamento de missões para obter dados mais precisos sobre as mudanças climáticas da Terra e para checar a qualidade dos oceanos e o ciclo de carbono global.  Em anos anteriores, o governo americano chegou a rejeitar algumas propostas para terminar tais programas.

A proposta agora segue para a apreciação do governo de Donald Trump.

Projeto Artemis

Com o objetivo de repetir a missão espacial que consagrou astronautas como Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, ainda em 1969, o programa espacial Artemis quer levar humanos de volta para a superfície lunar, incluindo a primeira mulher.

A viagem está prevista para ocorrer em 2024 – mas que ainda pode ser adiada para 2028 – e dessa vez pretende levar um grupo de pessoas que poderão se estabelecer no satélite natural da Terra.

Fazer isso, é claro, custa dinheiro. Em 2020, o programa recebeu apenas 600 milhões de dólares para o desenvolvimento de sistemas de pouso na Lua. A expectativa é de que este valor salte para 3,3 bilhões de dólares no próximo ano fiscal.

O orçamento futuro ainda prevê gastos de mais de 800 milhões de dólares com a fabricação de trajes, veículos, casas e estruturas de geração de energia para serem utilizadas na Lua.

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