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Exército recebe lançadores de foguetes produzidos no país

Capazes de lançar mísseis e foguetes táticos e teleguiados, com precisão e alcance de 300 km, os veículos poderão ser usados na proteção das fronteiras do país

Exército recebe viaturas do projeto Astros 2020 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Exército recebe viaturas do projeto Astros 2020 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 17h59.

Brasília - Desenvolvidas com tecnologia nacional, as primeiras nove viaturas lançadoras de foguetes Astros MK6 foram entregues hoje (6) ao Exército.

Capazes de lançar mísseis e foguetes táticos e teleguiados, com precisão e alcance de 300 quilômetros, os veículos poderão ser usados na proteção das fronteiras do país. Foram encomendadas 50 viaturas.

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, a entrega das viaturas faz parte do processo de modernização do aparato militar. “Apesar de todas as dificuldades que o país vive, dentro de um contexto mundial complexo, estamos dando passos firmes”, disse Amorim.

“Estamos orgulhosos de ter uma indústria de defesa capaz de produzir os meios para a nossa própria proteção. Isso nos faz sentir mais protegidos dentro de um mundo que ainda é muito marcado por incertezas, em que a nossa estratégia tem que levar em conta, necessariamente, o elemento de dissuasão”, acrescentou o ministro.

Segundo o general do Exército, José Júlio Dias Barreto, gerente do Projeto Estratégico Astros 2020, os equipamentos entregues hoje formam a primeira bateria de mísseis e foguetes do Exército brasileiro. “Ela é composta por uma viatura de posto de comando e controle, uma meteorológica, seis lançadoras, com capacidade de disparar toda a família de foguetes [fabricados no país] - mais o míssil tático de cruzeiro, que ainda está em desenvolvimento -, além de uma viatura remuniciadora.”

Barreto ressaltou a importância de o país ter a capacidade de desenvolver e produzir o próprio arsenal de defesa. “Se comprássemos mísseis e foguetes de fora, íamos ficar na dependência bélica estrangeira. No dia que precisássemos nos defender contra uma agressão externa, a história mostra que isso corta o apoio a quem compra. Então, a decisão da Estratégia Nacional de Defesa é que tenhamos a produção nacional para obtermos a capacidade de dissuasão extra-regional”, argumentou.

O presidente da Avibras Indústria Aeroespacial, Sami Youssef Hassuani, empresa responsável por desenvolver o armamento em conjunto com o Exército, disse que os equipamentos podem ser exportados, fortalecendo a indústria bélica nacional.

“Na parte de artilharia, o Brasil lidera [o mercado], o que não acontece com os caças [aviões], por isso o Brasil importa a tecnologia industrial. Mas, na área em que a Avibras atua, o Brasil é líder. Desenvolvemos e temos a capacidade de exportar. Hoje, a gente exporta 50% da produção”, disse.

As viaturas integrarão o 6º Grupo de Lançadores Múltiplus de Foguetes, em Formosa (GO).

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