De acordo com o Butantan, os dados relativos ao estudo da CoronaVac em crianças e adolescentes já foram encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (Governo do Estado de São Paulo/Flickr)
Reuters
Publicado em 28 de junho de 2021 às 21h00.
Última atualização em 29 de junho de 2021 às 10h21.
A CoronaVac, vacina contra a Covid-19 da chinesa Sinovac Biotech envasada no Brasil pelo Instituto Butantan, é segura e induz resposta imune em adolescentes e crianças de 3 a 17 anos, mostrou um estudo publicado nesta segunda-feira.
De acordo com o Butantan, os resultados do estudo publicado pela Lancet foram obtidos por meio de ensaios clínicos de fase 1 e 2 com 552 participantes entre outubro e dezembro de 2020 realizados na província chinesa de Hebei. O estudo foi realizado pela Sinovac em parceria com instituições chinesas.
A taxa de soroconversão de anticorpos neutralizantes, que indica a produção de anticorpos contra o coronavírus, foi superior a 96% após 28 dias da vacinação com duas doses do imunizante, segundo o instituto, que acrescentou que as reações adversas observadas foram leves ou moderadas.
"Os dados, portanto, indicam um ótimo perfil de segurança e bons títulos de anticorpos neutralizantes induzidos pelo imunizante, o que apoia um esquema vacinal de duas doses para estudos adicionais no grupo de crianças e adolescentes", disse o Butantan em nota.
De acordo com o Butantan, os dados relativos ao estudo da CoronaVac em crianças e adolescentes já foram encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Os resultados indicam que a vacina é segura também para o público infantil e para os jovens. Com o avanço das pesquisas será possível muito em breve atestar a eficácia da Coronavac nessa população específica”, disse o presidente do Butantan, Dimas Covas, no comunicado.
Até o momento, apenas a vacina da Pfizer foi aprovada para uso em pessoas com menos de 18 anos no Brasil, sendo autorizada para adolescentes a partir dos 12 anos.