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Descoberta nova espécie de peixe em poça de água doce

Da família Rivulidae, a nova espécie identificada tem somente cinco centímetros e possui padrão de colorido único nos machos

Austrolebias bagual: ele pertence aos “peixes anuais”, grupo que têm ciclo de vida regido pelo clima (Matheus Volcan)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 16h17.

São Paulo - O Austrolebias bagual, que ainda não recebeu nome popular, foi encontrado em uma área de apenas um hectare no Pampa gaúcho, em Encruzilhada do Sul, interior do Rio Grande do Sul.

Da família Rivulidae, a nova espécie identificada tem somente cinco centímetros e possui padrão de colorido único nos machos - a nadadeira dorsal apresenta manchas negras na vertical e o corpo marrom claro acinzentado também tem o mesmo tom de listras.

A descoberta foi divulgada pela publicação internacional AQUA – International Journal of Ichthyology.

O Austrolebias bagual pertence ao grupo chamado de “peixes anuais”, que têm ciclo de vida regido pelo clima .

Por viverem em poças temporárias, os indivíduos adultos morrem a cada vez que a seca atinge a região. Mas as fêmeas depositam os ovos na terra.

“Quando as poças secam, ocorre uma pausa no desenvolvimento dos embriões, conhecida como diapausa. Apenas quando volta a chover e o ambiente se torna favorável, os ovos voltam a se desenvolver e eclodem”, explica Matheus Volcan, pesquisador e vice-coordenador do Instituto Pró-Pampa.

Segundo a pesquisa, que teve apoio da Fundação Boticário, a bacia do Rio Camaquã, onde o Austrolebias bagual foi descoberto, ainda é pouco estudada e por isso sua biodiversidade é desconhecida.

“Marcamos o início de um processo de ampliação do conhecimento. Queremos definir regiões prioritárias e propor ações de conservação para as espécies”, explica Volcan.

Apesar da boa notícia, os cientistas revelam que a nova espécie já sofre risco de extinção.

Os peixes de água doce estão entre os mais ameaçados, devido ao aumento de períodos de seca e a formação de poças e lagoas. Além disso, o crescimento de áreas agrícolas no Rio Grande do Sul torna os animais ainda mais vulneráveis.

Este foi justamente um dos motivos para a escolha do nome Austrolebias bagual.

Os gaúchos costumam usar o termo “bagual” para se referir a pessoas corajosas e destemidas. A torcida agora é que o peixinho valente consiga sobreviver e se procriar num planeta cada vez mais quente.

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São Paulo - O Austrolebias bagual, que ainda não recebeu nome popular, foi encontrado em uma área de apenas um hectare no Pampa gaúcho, em Encruzilhada do Sul, interior do Rio Grande do Sul.

Da família Rivulidae, a nova espécie identificada tem somente cinco centímetros e possui padrão de colorido único nos machos - a nadadeira dorsal apresenta manchas negras na vertical e o corpo marrom claro acinzentado também tem o mesmo tom de listras.

A descoberta foi divulgada pela publicação internacional AQUA – International Journal of Ichthyology.

O Austrolebias bagual pertence ao grupo chamado de “peixes anuais”, que têm ciclo de vida regido pelo clima .

Por viverem em poças temporárias, os indivíduos adultos morrem a cada vez que a seca atinge a região. Mas as fêmeas depositam os ovos na terra.

“Quando as poças secam, ocorre uma pausa no desenvolvimento dos embriões, conhecida como diapausa. Apenas quando volta a chover e o ambiente se torna favorável, os ovos voltam a se desenvolver e eclodem”, explica Matheus Volcan, pesquisador e vice-coordenador do Instituto Pró-Pampa.

Segundo a pesquisa, que teve apoio da Fundação Boticário, a bacia do Rio Camaquã, onde o Austrolebias bagual foi descoberto, ainda é pouco estudada e por isso sua biodiversidade é desconhecida.

“Marcamos o início de um processo de ampliação do conhecimento. Queremos definir regiões prioritárias e propor ações de conservação para as espécies”, explica Volcan.

Apesar da boa notícia, os cientistas revelam que a nova espécie já sofre risco de extinção.

Os peixes de água doce estão entre os mais ameaçados, devido ao aumento de períodos de seca e a formação de poças e lagoas. Além disso, o crescimento de áreas agrícolas no Rio Grande do Sul torna os animais ainda mais vulneráveis.

Este foi justamente um dos motivos para a escolha do nome Austrolebias bagual.

Os gaúchos costumam usar o termo “bagual” para se referir a pessoas corajosas e destemidas. A torcida agora é que o peixinho valente consiga sobreviver e se procriar num planeta cada vez mais quente.

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