Ciência

Coronavírus: Vídeo mostra médicos examinando passageiros em voo na China

Autoridades médicas aparecem medindo a temperatura de passageiros em voos domésticos chineses

Coronavírus: autoridades locais da China estão intensificando o controle do vírus (Wolfgang Rattay/Reuters)

Coronavírus: autoridades locais da China estão intensificando o controle do vírus (Wolfgang Rattay/Reuters)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 17h06.

Última atualização em 21 de janeiro de 2020 às 18h59.

São Paulo - Um vídeo mostra  médicos com trajes de risco analisando passageiros de um avião vem sendo compartilhado nas redes sociais desde o último domingo. Publicado pelo jornalista David Paulk no Twitter, as imagens do vídeo são de um voo doméstico saindo da cidade de Wuhan, na China, local onde o coronavírus, vírus que está se espalhando pela Ásia, foi identificado pela primeira vez.

Os médicos foram vistos usando trajes de risco nível D, tipicamente utilizados quando ainda não se sabe se a atmosfera contém algum risco de contaminação.

O vídeo mostra os profissionais da saúde escaneando a temperatura dos passageiros, a procura de sintomas que possam estar relacionados com o vírus fatal que teve início na China e está se espalhando.

O site local de Beijing, Beijing News, também divulgou um vídeo, no dia 12 de janeiro, onde podem ser vistos ao menos três médicos realizando o mesmo procedimento exibido acima. Os que estavam presentes no local afirmaram que o avião não pôde decolar até que todos os passageiros tivessem tido sua temperatura escaneada.

Possível epidemia global

Até o momento, 6 residentes da China morreram devido ao vírus, enquanto 922 estão em observação e 291 casos foram confirmados, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde Chinesa. Chamado de 2019-nCoV, o vírus pode ser uma nova cepa de um coronavírus ainda não identificado, e as suspeitas são de que é um vírus de origem animal, vindo de um mercado local de Wuhan.

Alguns dos sintomas apresentados até o momento foram febre, tosse e dificuldades para respirar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a transmissão de humano para humano identificadas foram poucas; no entanto, os Estados Unidos acabam de registrar o primeiro caso de infecção do país. 

Hong Kong e os EUA estão monitorando de perto os viajantes, e cidades como Pequim, Shenzhen, Xangai, Los Angeles, São Francisco e Nova York estão em alerta. Visto que muitas pessoas estão indo para a China para comemorarem o Ano Novo Lunar neste sábado, 25, a preocupação aumentou.

A Coreia do Sul também identificou o primeiro caso de infecção na última segunda-feira, 20: uma mulher de cerca de 30 anos, residente de Wuhan, desembarcou em Seul e foi levada ao hospital com febre e calafrios, e o diagnóstico para o vírus foi positivo. A OMS anunciou que irá se reunir amanhã, 22, em uma reunião emergencial para decidir a gravidade do vírus. 

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