Coronavírus perde maior parte do poder de infecção após 20 minutos
Estudo foi divulgado pelo Centro de Pesquisa de Aerossol da Universidade de Bristol
Bloomberg
Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 16h26.
Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 16h30.
Por Irina Anghel, da Bloomberg
O coronavírus perde a maior parte de sua capacidade de infectar logo após ser exalado e é menos provável que seja contagioso a distâncias maiores, mostrou um estudo do Centro de Pesquisa de Aerossol da Universidade de Bristol.
Os pesquisadores descobriram que o vírus perde 90% de sua capacidade de contágio 20 minutos depois de entrar no ar e que a maior parte dessa perda acontece nos primeiros 5 minutos de chegada ao ar, segundo o estudo, que simula como o vírus se comporta após a expiração.
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Com países como Espanha e Suíça abrindo o debate na Europa sobre umafase endêmicado vírus, as informações sobre a maneira como o vírus viaja pelo ar ajudarão a orientar as medidas de contenção. Os resultados deste estudo, que não foram revisados por pares, reforçam a noção de que o vírus é transmitido principalmente a curtas distâncias, fornecendo um novo suporte ao distanciamento social e ao uso de máscaras como meio de conter infecções.
“Quando você se afasta, não apenas o aerossol é diluído mas também há menos vírus infeccioso porque o vírus perdeu a infecciosidade [ como resultado do tempo ]”, disse Jonathan Reid, diretor do centro de pesquisa, em entrevista ao The Guardian, que relatou o estudo pela primeira vez na terça-feira.
As descobertas indicam que as partículas virais secam rapidamente depois de deixarem o ambiente úmido e rico em dióxido de carbono dos pulmões, reduzindo sua capacidade de infectar outras pessoas. A umidade do ar foi considerada um fator determinante na rapidez com que essas partículas são desativadas.
Em níveis de umidade abaixo de 50%, semelhantes ao ar seco encontrado em escritórios, o vírus perdeu metade de sua capacidade de se espalhar em 5 segundos. Quando a umidade subiu para 90%, semelhante aos níveis em chuveiros, o vírus perdeu a infecciosidade mais lentamente, com mais da metade das partículas ainda contagiosas após 5 minutos, mostrou o estudo.
A temperatura do ar, diz o estudo, não teve impacto na infecciosidade do vírus.