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Coronavírus já causa impactos até na exploração espacial

Agências espaciais reduzem operações e passam a se dedicar no combate a covid-19

Coronavírus: doença deve atrasar avanços na exploração espacial (Bloomberg/Getty Images)
RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 26 de março de 2020 às 08h00.

Última atualização em 26 de março de 2020 às 08h00.

O novo coronavírus deixou de ser um problema que impacta apenas no planeta Terra. A pandemia já atrasa até mesmo a exploração espacial para a descoberta de novos planetas, estrelas e outros elementos que vagam o universo.

Nesta semana, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) emitiu um comunicado confirmando a redução de funcionários no centro de controle de missões em Darmstadt, na Alemanha. Houve também o desligamento de equipamentos utilizados pela ESA

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Segundo a ESA, os profissionais que ganharam folga forçada trabalhavam “em algumas missões científicas”. Entre as missões afetadas estão a Cluster (investigação da magnetosfera terrestre), a ExoMars Trace Gas Orbiter e a Mars Express (análise da atmosfera de Marte ), além da Solar Orbiter (exploração dos efeitos dos ventos solares).

Na Nasa , agência espacial dos Estados Unidos, a ordem é de quarentena para os quase 17 mil funcionários por conta de casos confirmados de infecção da covid-19 em dois centros espaciais. Ao site Business Insider, um porta-voz da agência americana afirmou que a situação é atípica e que a Nasa nunca havia passado por algo semelhante,.

Apesar disso, Nasa dedicou um de seus supercomputadores, utilizado normalmente para executar modelos climáticos para prever as condições meteorológicas do planeta, para o combate contra a disseminação do novo coronavírus. A iniciativa se dá em um consórcio formado também por empresas como IBM, Microsoft, Amazon, Google e HP Enterprise.

Segundo o site Space.com , o supercomputador, que faz parte da divisão de Ciências da Terra da Nasa, terá a missão de processar e redirecionar dados de pesquisa obtidos sobre a covid-19. Os cálculos vão ajudar o governo americano no desenvolvimento de tratamentos e de vacinas para a doença.

“Já faz mais de seis décadas desde que a Nasa utiliza a sua experiência para enfrentar desafios que beneficiaram as pessoas de todo o mundo”, escreveu no Twitter Jim Bridenstine, administrador da agência espacial americana.

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