CoronaVac tem eficácia contra Covid-19 em teste realizado no Brasil, diz jornal
O Brasil foi o 1º país a encerrar o ensaio clínico da vacina chinesa, que também é testada na Indonésia e na Turquia, informou o Wall Street Journal
Reuters
Publicado em 22 de dezembro de 2020 às 06h22.
Última atualização em 22 de dezembro de 2020 às 06h23.
A CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac contra a Covid-19 , demonstrou ter eficácia no teste de fase 3 realizado no Brasil, afirmou o Wall Street Journal nesta segunda-feira, citando pessoas envolvidas com o desenvolvimento do imunizante.
O Brasil foi o primeiro país do mundo a encerrar a fase final do ensaio clínico da vacina chinesa, que também está sendo testada na Indonésia e na Turquia, de acordo com o jornal.
O resultado do teste no Brasil colocou a CoronaVac acima dos 50% de eficácia que os cientistas internacionais consideram o mínimo para proteger as pessoas, segundo o WSJ.
O teste da CoronaVac no Brasil é conduzido pelo Instituto Butantan, que também será encarregado pela produção local do imunizante. Em nota enviada em resposta à reportagem do WSJ, o Butantan afirmou que qualquer informação a respeito da eficácia da CoronaVac divulgada antes do anúncio oficial previsto para 23 de dezembro "é mera especulação".
"O Instituto Butantan esclarece que os resultados de eficácia da vacina só serão apresentados no próximo dia 23 de dezembro. Qualquer informação a respeito do índice antes dessa data é mera especulação", afirmou o instituto.
A Sinovac não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Depois de adiar por duas vezes o anúncio do resultado da eficácia da vacina, o Butantan promete para a quarta-feira desta semana a divulgação do grau de eficácia e a entrada com pedido de registro da CoronaVac simultaneamente no Brasil e na China na mesma data.
O instituto também pedirá autorização para uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A CoronaVac foi incluída pelo governo federal no plano nacional de imunização contra Covid-19 apresentado na semana passada, ao lado das vacinas de Oxford/AstraZeneca e da Pfizer.
O Ministério da Saúde disse esperar receber 9 milhões de doses da CoronaVac em janeiro.