Ciência

Cientistas descobrem maior pegada de dinossauro do mundo

Medindo quase 1,7 metro, pegada de um saurópode gigante estava entre os 21 tipos de rastros encontrados na Península Dampier, na Austrália

Pegada de dinossauro: estima-se que as rochas onde os rastros ficaram gravados têm entre 127 milhões e 144 milhões de anos de idade (Damian Kelly/Reuters)

Pegada de dinossauro: estima-se que as rochas onde os rastros ficaram gravados têm entre 127 milhões e 144 milhões de anos de idade (Damian Kelly/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de março de 2017 às 11h40.

Última atualização em 28 de março de 2017 às 12h24.

Sydney - Cientistas descobriram o que pode ser a maior pegada de dinossauro do mundo, medindo quase 1,7 metro, em uma parte remota do litoral noroeste da Austrália.

A pegada de um saurópode gigante estava entre os 21 tipos de rastros encontrados na Península Dampier, na Austrália Ocidental, a 130 quilômetros da cidade praiana de Broome.

"Eles são maiores do que qualquer coisa que tenha sido registrada em qualquer lugar do mundo", disse Steve Salisbury, principal autor de um estudo conjunto da Universidade de Queensland e da Universidade James Cook.

Os saurópodes eram dinossauros herbívoros de quatro patas com pescoços e rabos compridos, pernas semelhantes a colunas e corpos imensos. Pegadas de um saurópode medindo 1,2 metro foram encontradas na Alemanha em 2015.

Estima-se que as rochas onde os rastros ficaram gravados têm entre 127 milhões e 144 milhões de anos de idade, portanto mais antigas do que fósseis de dinossauro descobertos anteriormente na Austrália, disse Salisbury.

"A maioria dos nossos fósseis de dinossauro vêm da costa leste, ou leste da Austrália, e têm entre 115 milhões e 90 milhões de anos de idade".

Os cientistas também encontraram rastros de seis tipos de dinossauros carnívoros e os primeiros indícios de estegossauros blindados.

O estudo foi iniciado pela comunidade indígena goolarabooloo, que tem conhecimento dos rastros há gerações e temia que as pegadas de James Price Point se perdessem depois que o local foi escolhido como possível instalação de um projeto de gás natural liquefeito, explicou Salisbury.

Os cientistas usaram drones (aeronaves não-tripuladas) e aeronaves leves para fotografar os rastros na península, que é famosa por seu terreno, clima e marés difíceis.

"O que torna a coisa realmente complicada é que as rochas onde os rastros ocorrem estão só na zona intermaré", disse Salisbury. "Elas estão debaixo da água metade do tempo, e há marés diárias de até 10 metros".

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