Estudantes (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 07h37.
Após conceder 101 446 bolsas de intercâmbio para estudantes brasileiros, o Programa Ciência sem Fronteiras passa por uma reformulação. Segundo o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Carlos Afonso Nobre, o governo brasileiro está estudando diretrizes para a segunda edição do programa.
A tendência, segundo ele, é aumentar as bolsas para a pós-graduação. Muitos dos alunos que participaram do Ciência sem Fronteira, no estágio da graduação sanduíche modalidade de ensino em que parte da formação do aluno é feita em uma instituição estrangeira , se interessaram em continuar os estudos e ir para a pós-graduação. Portanto, "é natural, até para dar vazão ao interesse que o programa gerou nesses estudantes, que o Ciência sem Fronteiras 2 tenha oportunidades de pós-graduação", disse Nobre.
O presidente explica que o Ciência sem Fronteiras permitiu o intercâmbio acadêmico ainda na graduação, algo que antes era financiado pela Capes apenas na pós-graduação. Na primeira fase do programa, 78% das bolsas foram concedidas a graduandos. "A tendência é aumentar as bolsas para a pós-graduação, mas os parâmetros finais ainda não foram definidos", disse Nobre, acrescentando que as diretrizes devem ser fixadas "nos próximos meses".
A segunda edição do Ciência sem Fronteiras foi anunciada em meados do ano passado, pela presidente Dilma Rousseff, que prometeu mais 100 mil bolsas de 2015 a 2018. Com o contingenciamento no orçamento da União, o programa também sofrerá cortes, de acordo com o Ministério da Educação. Nenhum edital da nova edição foi lançado ainda.
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder inicialmente 101 mil bolsas 75 mil bancadas pelo setor público e 26 mil por empresas privadas. As bolsas são voltadas para as áreas de ciências exatas, matemática, química, biologia, engenharias, áreas tecnológicas e de saúde.