Marte: planeta se tornou o destino preferido dos países em 2020 (Artur Debat/Getty Images)
Tamires Vitorio
Publicado em 23 de julho de 2020 às 08h06.
Última atualização em 23 de julho de 2020 às 08h51.
A China acaba de dar um passo muito importante em direção a sua consagração como um país em potencial na corrida espacial de 2020, recheada de missões para outros planetas e órbitas.
Nesta quinta-feira (23), o lançamento da missão não tripulada Tianwen-1, que significa “busca pela verdade celestial”, foi um sucesso. Os equipamentos chineses devem chegar a Marte somente em fevereiro de 2021 --- uma viagem bem longa, diga-se de passagem. Isso porque Marte tem uma distância média de 2,25 milhões de quilômetros da Terra, um dos planetas mais próximos do nosso.
O objetivo dos chineses é realizar um levantamento da atmosfera do planeta e descobrir se existe água potável ou sinais de vida no local. A missão é o primeiro passo do programa chinês, que prevê a construção de uma estação espacial em 2022, segundo a agência de notícias AFP.
Essa não é a primeira vez que a China tenta chegar a outro planeta. O país tentou mandar um orbitador para Marte em 2011, a bordo de uma espaçonave russa, mas tudo deu errado e as sondas desapareceram sem deixar vestígios. Em 2013, conseguiu, com sucesso, pousar uma espaçonave na Lua e em janeiro do ano passado foi o primeiro país do mundo a alunar uma sonda no lado mais afastado do satélite.
China sends its first mission to Mars. Tianwen-1 was launched from Wenchang towards the red planet on a voyage that will last until next year. #Mars pic.twitter.com/9PmlzHCoEe
— China Xinhua News (@XHNews) July 23, 2020
Esta é a segunda missão que tem Marte como destino neste mês. Os Emirados Árabes Unidos, com uma população que não chega a 10 milhões de habitantes, quase a mesma quantidade se comparada o do estado de Pernambuco, enviaram neste domingo (19) a sua primeira missão espacial (tanto para o planeta vermelho quanto para qualquer lugar no espaço). O lançamento foi realizado a partir do Centro Espacial de Tanegashima, no Japão.
Em uma indústria avaliada em quase 360 bilhões de dólares globalmente, segundo a empresa Bryce Space and Technology, que analisa o setor espacial, vale tudo para chegar na frente?