CDC defende uso da vacina da J&J mesmo com relatos de efeitos neurológicos
No entanto, o órgão afirma que irá atualizar as recomendações de uso do imunizante para pacientes que no histórico de doenças tiverem síndrome de Guillain-Barré
Reuters
Publicado em 23 de julho de 2021 às 09h34.
Apesar dos relatos de ocorrência de um raro distúrbio neurológico em pessoas que receberam a vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19 , os benefícios superam os riscos, afirmou um painel de consultores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos nesta quinta-feira.
A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) do país acrescentou na semana passada um aviso sobre a vacina de dose única da Johnson dizendo que os dados sugerem que há um risco maior de desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré nas primeiras seis semanas após a vacinação.
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O painel do CDC avaliou os riscos e benefícios da vacina da J&J após relatos preliminares de ocorrência da síndrome em pessoas que haviam tomado o imunizante.
Dada a possível associação entre a doença e a vacina, o CDC irá atualizar suas recomendações ao uso da vacina da J&J para dizer que os pacientes com histórico de Guillain-Barré devem antes buscar saber sobre a disponibilidade de vacinas em duas doses das fabricantes Pfizer e Moderna, afirmou uma autoridade da agência.
A FDA citou 100 relatos preliminares de desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré em pessoas que receberam a vacina da Johnson, incluindo 95 casos graves que necessitaram de hospitalização, e com uma morte reportada.
Na quinta-feira, a Johnson & Johnson disse que os benefícios conhecidos de sua vacina superam os potenciais riscos conhecidos.
Membros de um grupo de trabalho do Comitê de Práticas de Imunização do CDC expressaram "forte apoio" pelo uso continuado da vacina da J&J, afirmou a médica Sarah Mbaeyi, do CDC, durante reunião do painel.