As descobertas dos pesquisadores da Australian National University, em colaboração com o ESO, a Universidade de Melbourne e a Sorbonne Université da França, foram publicadas na revista Nature Astronomy (Getty Images/Getty Images)
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Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 10h34.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2024 às 10h52.
Astrônomos descobriram o objeto mais brilhante do universo — um quasar (centro de sua galáxia) alimentado por um buraco negro. A luz do objeto celestial, que é 500 trilhões de vezes mais brilhante que o nosso Sol, está distante em mais de 12 bilhões de anos da Terra. Isso permite dizer que a existência do corpo celeste é primitiva, com cerca de 13,8 bilhões de anos.
Para enxergá-lo, os cientistas usaram o telescópio de 2,3 metros no Observatório Siding Spring da universidade em Coonabarabran. Eles então confirmaram a descoberta usando o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO).
"Descobrimos o buraco negro de crescimento mais rápido conhecido até o momento. Tem uma massa de 17 bilhões de sóis e 'consome' pouco mais de um Sol por dia", explicou Christian Wolf, astrônomo da Universidade Nacional Australiana (ANU) e principal autor do estudo, em comunicado do Observatório Europeu do Sul (ESO).
As descobertas dos pesquisadores da Australian National University, em colaboração com o ESO, a Universidade de Melbourne e a Sorbonne Université da França, foram publicadas na revista Nature Astronomy.
O autor principal e professor associado da ANU, Christian Wolf, disse que esse é o objeto mais luminoso conhecido no universo e que sua incrível taxa de crescimento significava uma "grande liberação de luz e calor".
A luz é emitida de um "disco" que tem sete anos-luz de diâmetro. Esse disco é onde o material do objeto é arrastado e fica espiralando em torno do buraco negro. Quando esse material colide com outro, cria vastas quantidades de luz e calor.
"Parece uma gigantesca e magnética célula de tempestade, com temperaturas de 10.000 graus Celsius, raios por toda parte e ventos tão rápidos que dariam a volta na Terra em um segundo", disse Wolf.
O co-autor, Dr. Christopher Onken, disse que era surpreendente que ele tivesse permanecido indetectado por tanto tempo e que estava "escondido à vista".