As fotos de ciência mais incríveis de 2016
São 15 imagens feitas no espaço e na Terra que ilustram como foi o ano para a ciência
Marina Demartini
Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 05h55.
Última atualização em 28 de dezembro de 2016 às 05h55.
São Paulo – Dois mil e dezesseis foi um ano que rendeu fotos científicas maravilhosas. Algumas delas foram tiradas no espaço , revelando o nascimento de estrelas e a superfície de Marte . Outras imagens foram feitas na Terra, como as do primeiro transplante de rosto do mundo. Veja essas e outras fotografias de ciência incríveis de 2016 a seguir.
As penas dos pavões já são deslumbrantes, mas de perto elas conseguem ser ainda mais bonitas. A imagem acima foi tirada pelo fotógrafo Waldo Nell e mostra as penas de um pavão ampliadas. Ele registrou cada linha, curva e as cores dessa criatura. “De longe você só vê o padrão do olho”, disse o fotógrafo a Wired. “De perto, você pode ver a coloração exclusiva de cada segmento. Há muita beleza escondida que você só pode ver de perto.”
O Satélite Astronômico Infravermelho conseguiu capturar o momento exato do nascimento da estrela IRAS 14568-6304. O ponto brilhante se encontra perto de uma nuvem de gás, chamada pelos cientistas de complexo de nuvem molecular Circinus.
Parece um coração sangrando, mas o que você está vendo nesta imagem é, na realidade, uma água-viva-juba-de-leão. Fotografada no Mar Branco da Rússia pelo mergulhador e fotógrafo Alexander Semenov, essa criatura é a maior água-viva do mundo. Ela pode medir mais de dois metros de diâmetro e seus tentáculos podem alcançar mais de 35 metros de comprimento.
Em agosto, a sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) enviou 1.035 imagens da superfície de Marte para a Nasa . Uma delas é da encosta na região de Aram Chaos, que recebeu esse nome em referência à terra bíblica de Aram. O local é rico em minerais – especialmente, hematitas – o que pode indicar que ele já foi um ambiente aquoso.
Em março deste ano, astrônomos localizaram o conjunto de estrelas brilhantes que você vê nesta imagem. São nove estrelas gigantes com massas 100 vezes maiores do que a massa do Sol . Isso significa que essa é a maior amostra de estrelas maciças já documentada pela ciência.
Você está vendo o ponto preto no meio do Sol nesta imagem? Essa mancha perfeitamente redonda é o planeta Mercúrio. O astro passou entre a Terra e o Sol em maio deste ano, um evento raro, já que a última vez que isso aconteceu foi há dez anos. Por isso, essa fotografia tirada pela Nasa do momento em que o planeta transita pelo Sol é tão incrível.
O norte-americano Patrick Hardison teve o rosto desfigurado em 2001 após salvar uma mulher em um incêndio. Quinze anos depois e uma cirurgia de 26 horas, ele se tornou o primeiro caso de sucesso de um transplante de face. Em 2016, um ano após a cirurgia, o corpo de Hardison não apresentou rejeição.
Intitulada de “Go with the Flow” (vá com o fluxo, em inglês), a fotografia acima foi a vencedora do concurso anual “Reflections of Research” da Fundação Britânica do Coração. Ela capta o sangue que flui dentro de um coração. A cor azul representa o sangue que vai aos pulmões para ser oxigenado. Já a cor vermelha mostra o sangue cheio de oxigênio sendo levado para o coração.
O grafeno , um material extremamente resistente, está presente em diversos objetos, desde camisinhas até raquetes de tênis. Recentemente, pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, descobriram que o material, ao ser amassado, pode ser muito mais repelente à água do que a sua versão lisa. Assim, o grafeno amassado (da imagem) pode ser usado para a criação de materiais hidrofóbicos melhores e baterias esticáveis para aparelhos vestíveis.
Não, o animal da imagem não é um Pokémon . Na realidade, o que você está vendo é um tipo de papagaio com óculos. Para entender como esses pássaros interagem com o ar em torno deles, pesquisadores colocaram os animais em um campo cheio de lasers. Os óculos foram necessários para que os papagaios não tivessem sua visão prejudicada.
Em março de 2016, um time de cientistas da Universidade de Harvard conseguiu desenvolver um coração humano de tamanho real a partir de células-tronco. O experimento é o mais próximo que a ciência já conseguiu de “crescer” corações transplantados em um laboratório. Para realizar a façanha, os cientistas amadureceram o novo coração em um biorreator por duas semanas. Em seguida, eles deram um choque de eletricidade no coração para que ele começasse a bater.
Logo no começo de 2016, o astronauta Scott Kelly publicou em sua conta no Twitter a foto da primeira planta que floresceu dentro da Estação Espacial Internacional. A flor faz parte de um projeto da Nasa que tenta entender como as plantas crescem na microgravidade.
O Hubble é, provavelmente, um dos telescópios que mais tirou fotos do universo. Uma das imagens mais legais que ele fez este ano, com seu recurso ultravioleta, é das auroras que cercam os polos de Júpiter. Uma delas, localizada no polo norte do planeta , é maior do que a Terra e centenas de vezes mais enérgica do que as auroras encontradas aqui.
A foto acima, retirada pela Nasa, é de uma rachadura localizada nos lençóis de gelo na Antártida. Monitorada pela agência espacial desde 2005, ela já cresceu 70 quilômetros de comprimento e mais de 300 metros de largura. O resultado disso é o rompimento de um iceberg gigantesco.
Este é a tomografia computadorizada de uma cobra. É o tipo de imagem que você não vê todo dia. Agora, imagine saber que a cobra da fotografia morreu há 115 anos. O que intriga é o fato de que, além do esqueleto do animal, também é possível ver o que parece ser a sua última refeição.
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