Ciência

Arqueólogos descobrem tesouro afundado em rio chinês

Foram encontradas mais de 10.000 moedas de ouro e prata bem como joias, vasilhas de porcelana e armas

Tesouro: mais de 30.000 objetos foram encontrados pelos arqueólogos (Thinkstock/Reprodução)

Tesouro: mais de 30.000 objetos foram encontrados pelos arqueólogos (Thinkstock/Reprodução)

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EFE

Publicado em 14 de abril de 2017 às 09h23.

Arqueólogos chineses descobriram um tesouro no leito do rio Min, no centro do país, que suspeitam que poderia ter pertencido a um antigo líder de uma rebelião cuja grande frota afundou em uma batalha, informou a agência oficial "Xinhua".

O tesouro inclui mais de 30.000 objetos, entre os que há mais de 10.000 moedas de ouro e prata bem como joias, vasilhas de porcelana, armas (espadas, facas, machados...) e objetos de uso mais cotidiano, tais como colheres e espelhos, destacou a agência.

Tudo isso encontrava-se enterrado sob as águas do Min, um dos rios mais importantes da província central de Sichuan, em sua passagem pela cidade de Meizhou.

"Os objetos pertencem ao período médio e tardio da dinastia Ming e provêm de áreas que cobrem mais da metade do território chinês daquele então", afirmou o diretor estadual de patrimônio cultural, Gao Delun, citado pela "Xinhua", que qualificou a descoberta como uma das mais importantes dos últimos anos.

Os especialistas que anunciaram o fenomenal achado acreditam que poderia tratar-se das possessões de Zhang Xianzhong (1606-1647), antigo líder de uma revolta camponesa contra o império dos Ming que foi derrotado pelas forças reais nesse mesmo rio, quando tentava fugir dali com mais de mil embarcações.

A lenda, que a descoberta poderia confirmar, conta que Zhang, que chegou a conquistar Sichuan e proclamar-se rei local, tentou fugir com suas riquezas para o sul de China, mas foi interceptado pelo exército Ming, que afundou sua grande frota em 1646, um ano antes que morresse ao ser atingido por um arqueiro manchu.

O tesouro poderia ser ainda maior que o reportado até agora, já que os responsáveis pelas escavações somente examinaram 2% do terreno estimado em que se encontra o jazigo.

As escavações, no entanto, não poderão ser retomadas até o próximo ano, quando o nível do rio Min voltar a baixar.

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