Ciência

Arco-íris em Marte? Nasa explica foto tirada pelo robô Perseverance

O suposto fênomeno não é o que parece

Na verdade, o "arco-íris" trata-se apenas de um reflexo na lente (Nasa/Reprodução)

Na verdade, o "arco-íris" trata-se apenas de um reflexo na lente (Nasa/Reprodução)

O que teria no final do arco-íris em Marte? A resposta é a mesma para o que ocorre aqui na Terra: nada.

Ainda mais porque a foto divulgada pelo Twitter da Nasa, feita pelo rover Perseverance na terça-feira (6), não mostra um arco-íris. O fenômeno é, na verdade, apenas um efeito pelo reflexo da luz na lente fotográfica, explicou a agência.

"Arco-íris são criados pela luz refletida em gotículas de água redondas, mas não há água suficiente aqui para condensar e é muito frio para a água líquida na atmosfera. Esse arco é reflexo da lente", apontou a Nasa.

Para entender melhor, eis a explicação sobre como surge um arco-íris: ele é possível quando a luz do Sol atravessa as gotas de água no ar, um cenário ideal é depois da chuva ou em locais onde a água espirra, como em uma catarata.

A luz do sol incide sobre as gotículas de água e ocorre a refração, que faz a luz do sol, que é branca, se decompor nas sete cores que compõem seu espectro: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

Já o nada empolgante "flare", visto na foto marciana, é um efeito de captação de uma imagem que ocorre quando a luz entra pelas extremidades da lente das câmeras. Nesse caso, microfalhas no vidro que compõe a lente são as responsáveis.

O que é a missão Perseverance da Nasa?

No dia 18 de fevereiro, o rover Perseverance ("perseverança", em português) pousou em solo marciano com o objetivo de buscar por sinais de vida no planeta vermelho.

O rover irá analisar a geologia e procurar pistas sobre como era o clima de Marte no passado, abrindo caminho para exploração humana. Ele também irá coletar rochas e sedimentos do local para serem analisados posteriormente na Terra, algo nunca antes feito no planeta.

A espaçonave, que viajou por volta de 468 milhões de quilômetros desde o seu lançamento no dia 30 de julho de 2020, pousou na cratera de Jezero, uma bacia no planeta vermelho, onde os cientistas acreditam que um antigo rio desaguou em um lago e depositou sedimentos. Eles consideram provável que o ambiente tenha preservado sinais de alguma vida que tenha habitado Marte até bilhões de anos atrás.

Desde sua chegada, o rover já divulgou vídeos da sua descida, o primeiro áudio de Marte e fotos inéditas.

Acompanhe tudo sobre:EspaçoMarteNasa

Mais de Ciência

Cientistas constatam 'tempo negativo' em experimentos quânticos

Missões para a Lua, Marte e Mercúrio: veja destaques na exploração espacial em 2024

Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Superexplosões solares podem ocorrer a cada século – e a próxima pode ser devastadora