7 dicas da neurociência para melhorar a sua concentração
Quer eliminar distrações e ser mais produtivo? Veja dicas extraídas de pesquisas científicas que podem ajudar você a "pilotar" o seu cérebro
Claudia Gasparini
Publicado em 28 de agosto de 2015 às 06h04.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h34.
São Paulo - Seres humanos são naturalmente distraídos - ainda mais em tempos de internet e smartphones. Para ajudar você a melhorar a sua capacidade de concentração no trabalho e nos estudos, EXAME.com reuniu observações da neurociência sobre o funcionamento do seu cérebro. Navegue pelos slides para ver conselhos com embasamento científico a respeito do assunto.
Além de bloquear ruídos do ambiente, ouvir música pode ajudar a trazer relaxamento e concentração. Segundo Carla Tieppo, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é melhor ouvir um repertório que você já conheça. Isso porque o seu cérebro pode se distrair tentando avaliar uma música totalmente nova para ele. Antes de montar a sua playlist também vale outro cuidado: não escolha nada que você adore - ou deteste. Pesquisadores de Taiwan descobriram que sentimentos excessivamente positivos ou negativos pela "trilha sonora" tiram o foco do trabalho. O melhor a fazer é escolher músicas às quais você seja um tanto indiferente. Na conta de EXAME.com no Spotify há uma lista de músicas - indicadas por Felipe Lima, coach de concurseiros e especialista em memorização - que ajudam a não perder a concentração. Siga-nos por lá:
Ter sempre algo no estômago é essencial para manter a concentração nos estudos. Não precisa ser nada muito substancioso, recomenda a professora Carla. Basta um suco ou uma fruta entre as principais refeições. O importante é fornecer ao seu organismo energia suficiente para o trabalho. Água também é essencial para manter o cérebro funcionando a todo o vapor. Um experimento feito por pesquisadores ingleses mostrou que pessoas com sede demoram mais tempo para completar tarefas do que aquelas que estão bem hidratadas.
Fazer exercícios físicos regularmente não é importante apenas para ter uma vida mais longa e saudável. De acordo com um estudo da University of Illinois, a prática aeróbica pode desenvolver partes do cérebro ligadas à atenção e à memória. Em pouco tempo, os benefícios já podem ser sentidos. Segundo um pesquisador ouvido pela ABC News, a rapidez de processamento de informações aumenta após meia hora de exercícios moderados, como uma caminhada na esteira.
Em tempos de excesso de informações e estímulos, esvaziar a mente pode ser difícil - mas os benefícios são imensos para a suas funções cognitivas. A análise do córtex cerebral de praticantes de meditação, dizem pesquisadores americanos, mostra que a prática aumenta a capacidade de fixar a atenção, além de favorecer a memória e facilitar a tomada de decisões.
Pessoas que dormem pelo menos sete horas por noite têm atividade cerebral significativamente superior à daquelas que passam menos tempo na cama, afirmou o médico norte-americano Daniel Amen à revista Men's Health. Tirar sonecas também pode ajudar a concentração durante o dia. Segundo um estudo conduzido por pesquisadores australianos, jovens adultos que dormem por 90 minutos depois do almoço experimentaram ganhos em memória e capacidade de aprendizado.
A onipresença da tecnologia leva muita gente a esquecer o papel e a caneta. Mas existe uma grande vantagem em anotar suas ideias usando o velho método. Segundo pesquisadores das universidades de Princeton e da Califórnia, quem escreve informações à mão tem mais facilidade de compreendê-las e memorizá-las do quem as digita. O motivo? O processamento de dados ocorre de forma mais superficial ao se usar o teclado, diz o estudo.
De acordo com a professora Carla Tieppo, da Santa Casa, nosso cérebro consegue se fixar num único objeto por no máximo uma hora. Após esse prazo, o mais indicado é fazer uma pausa de até dez minutos para levantar e tomar um café. A bebida, aliás, tem um benefício extra: ingerir cerca de 230 mL de café diminui a suscetibilidade às distrações, dizem pesquisadores austríacos.
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