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12 animais que vivem mais tempo que qualquer ser humano (e um deles chega a 11 mil anos)

Segredo para a longevidade está em adaptações biológicas, ambientais e evolutivas que desafiam o envelhecimento e permitem a sobrevivência ao longo de séculos

Tuatara é um dos animais que vive mais tempo no mundo (Wikimedia Commons/-)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 20h47.

Enquanto um brasileiro de 112 anos é reconhecido como o homem mais velho do mundo, no reino animal, algumas espécies vão muito além, chegando a viver milhares de anos.

O segredo está em adaptações biológicas, ambientais e evolutivas que desafiam o envelhecimento e permitem a sobrevivência ao longo de séculos.

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Confira uma lista dos 12 animais que vivem mais tempo no mundo:

  1. Esponja-do-mar
    As esponjas-do-mar são recordistas quando o assunto é longevidade. Algumas espécies, como as Hexactinellida, podem viver impressionantes11.000 anos. Esse recorde é atribuído ao seu metabolismo extremamente lento, ao habitat em águas profundas e frias e à ausência de tecidos complexos que reduziriam sua eficiência energética.
  2. Quahog-do-oceano
    O quahog-do-oceano, um molusco bivalve encontrado no Atlântico Norte, pode viver até507 anos. Em 2006, um exemplar apelidado de Ming foi descoberto com essa idade. Sua longevidade extraordinária se deve ao metabolismo desacelerado e ao ambiente marinho frio, que retarda os processos de envelhecimento celular.
  3. Tubarão-da-Groenlândia
    Os tubarões-da-Groenlândia são os verdadeiros centenários do oceano, com uma estimativa de vida de até500 anos. Esses gigantes, que habitam as águas geladas do Atlântico Norte e do Ártico, crescem apenas um centímetro por ano e atingem a maturidade sexual por volta dos150 anos. Com um metabolismo extremamente lento e uma preferência por águas profundas e oxigênio escasso, eles são projetados para resistir ao tempo.Sua impressionante expectativa de vida também está associada à falta de predadores naturais e à sua capacidade de prosperar em ambientes hostis. Além disso, o metabolismo lento preserva seus corpos ao longo dos séculos, possibilitando que um tubarão-da-Groenlândia de hoje tenha "presenciado" o naufrágio do Titanic, em 1912.
  4. Lamellibrachia
    Os Lamellibrachia, um tipo de verme marinho (poliqueta), vivem até250 anos. Eles habitam ambientes de águas profundas, como as fontes hidrotermais e regiões de vazamentos frios no oceano. Sua longevidade é sustentada pela simbiose com bactérias, que os ajudam a metabolizar enxofre em condições extremas.
  5. Baleia-da-Groenlândia
    Com uma vida estimada em mais de200 anos, a baleia-da-Groenlândia é outro exemplo fascinante de resistência biológica. Estudos comprovaram sua longevidade com descobertas inusitadas: harpões do século XIX foram encontrados em baleias capturadas nos anos 2000. Esses cetáceos são dotados de mecanismos genéticos que retardam o envelhecimento e promovem a reparação celular, protegendo-os de lesões e doenças. Os ambientes frios do Ártico também desempenham um papel crucial. As temperaturas baixas reduzem o estresse metabólico e ajudam a preservar a integridade celular, contribuindo para uma vida longa e saudável.
  6. Rougheye rockfish
    O rougheye rockfish é um peixe de águas profundas do Pacífico Norte, com uma expectativa de vida de até205 anos. Sua habilidade de viver tanto tempo é explicada por um metabolismo lento e por viver em ambientes com pressão estável e temperaturas baixas.
  7. Ouriço-do-mar-vermelho
    Encontrado no nordeste do Pacífico, o ouriço-do-mar-vermelho pode viver até200 anos. Sua dieta à base de algas e sementes marinhas, aliada a um metabolismo que desacelera em águas frias, permite que essa criatura prospere por séculos sem sofrer grandes desgastes.
  8. Tartaruga-gigante-de-Galápagos
    As tartarugas-gigantes-de-Galápagos são conhecidas por sua impressionante resistência, podendo viver até175 anos. Sua longevidade é atribuída a um metabolismo extremamente lento, ao tamanho avantajado e ao ambiente controlado das ilhas Galápagos.
  9. Geoduck
    O geoduck, um molusco da costa oeste da América do Norte, pode viver até165 anos. Essa espécie filtra nutrientes de águas ricas e frias, o que desacelera seu crescimento e desgaste celular, prolongando sua vida.
  10. Tartaruga-gigante-de-Seicheles
    A tartaruga-gigante-de-Seicheles pode atingir idades superiores a150 anos. O ambiente protegido de cativeiros ajuda a prolongar ainda mais sua vida, enquanto seu metabolismo eficiente a torna um exemplo de longevidade entre os répteis.
  11. Esturjão-de-lago
    O esturjão-de-lago é um peixe de água doce conhecido por viver até150 anos. Sua resistência vem da adaptação ao ambiente estável de lagos profundos, onde enfrenta poucas ameaças e mantém um ritmo metabólico lento.
  12. Tuatara
    Enquanto os exemplos anteriores são grandes em tamanho, a tuatara, um réptil nativo da Nova Zelândia, desafia a regra de que animais maiores vivem mais. Esses pequenos répteis podem atingir130 a 140 anosde idade. Descendentes de linhagens que coexistiram com dinossauros, as tuatara possuem adaptações evolutivas únicas, como metabolismo e crescimento lentos, além de baixa exposição a predadores. Seu habitat isolado é outro fator determinante. Sem pressões constantes de predação, essas criaturas têm tempo para crescer e se reproduzir, prolongando seu ciclo de vida.A longevidade no reino animal não é apenas uma questão de sorte ou acaso; ela é resultado de adaptações evolutivas que priorizam resiliência e economia energética.De tubarões que nadaram durante séculos a répteis que desafiaram o tempo, a natureza continua a impressionar com suas estratégias de sobrevivência.

Por que eles vivem tanto?

A longevidade de algumas espécies do reino animal é resultado de uma combinação de fatores biológicos, ambientais e evolutivos. Adaptados para sobreviver em condições extremas e com mecanismos internos eficientes, esses animais desafiam o envelhecimento e vivem por séculos.

Fatores biológicos desempenham um papel fundamental na longevidade.Espécies como o tubarão-da-Groenlândia e a baleia-da-Groenlândia, por exemplo, possuem um metabolismo extremamente lento, o que retarda os processos de envelhecimento celular.

A baixa taxa metabólica reduz o desgaste dos tecidos e prolonga a vida. Além disso, algumas dessas criaturas desenvolveram mecanismos eficientes de reparo de DNA, como observado no tubarão-da-Groenlândia, o que protege suas células de danos ao longo do tempo.

Outro fator importante é o tamanho corporal: animais maiores, como as baleias, tendem a viver mais tempo, pois sua grande massa corporal proporciona maior resistência física e proteção contra predadores e doenças.

Além das características biológicas, adaptações ambientais são essenciais para a longevidade. Muitos animais que vivem mais tempo, como o tubarão-da-Groenlândia, prosperam em ambientes extremos e desafiadores, como as águas frias e profundas do Ártico.

Nessas condições, as baixas temperaturas desaceleram os processos metabólicos, contribuindo para um envelhecimento mais lento. A capacidade de armazenar energia também é um fator determinante. Baleias e tartarugas, por exemplo, acumulam reservas em camadas de gordura ou em seus corpos, permitindo que sobrevivam por longos períodos sem alimento, o que reduz o estresse metabólico.

Fatores evolutivos também influenciam a capacidade de viver por longos períodos. A ausência de predadores naturais é um exemplo importante: espécies como a tuatara vivem em habitats isolados com poucos predadores, o que lhes proporciona vidas mais estáveis e seguras.

Além disso, essas espécies tendem a apresentar estratégias reprodutivas únicas. Animais que atingem a maturidade sexual mais tarde, como os tubarões e as tartarugas, geralmente possuem um envelhecimento mais lento, uma adaptação que favorece a sobrevivência em ambientes onde o ritmo de vida é mais pausado.

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