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Weinstein, o grande vencedor do Oscar, 'Deus' de Hollywood

Weinstein, 59 anos, é de fato uma lenda em Hollywood. Antes de fundar a Weinstein Company, criou em 1979, com o irmão mais velho Bob, o estúdio Miramax

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 13h27.

Los Angeles - Meryl Streep já o chamou de "Deus". Harvey Weinstein certamente parecia onipotente na festa do Oscar no domingo, quando demonstrou mais uma vez sua inigualável astúcia para promover um filme e conquistar as cobiçadas estatuetas douradas.

Um ano depois de ter trabalhado com afinco para a vitória de "O Discurso do Rei", o fundador da distribuidora The Weinstein Company conduziu outro filme à glória na premiação da Academia: o filme mudo e em preto e branco "O Artista" faturou cinco estatuetas.

Mas a Weinstein Company também está por trás de "A Dama de Ferro" - que rendeu a Meryl Streep o prêmio de melhor atriz por sua interpretação de Margaret Thatcher - e "Sete Dias com Marilyn", outra tentativa de ressuscitar o mito de Marilyn Monroe e que recebeu duas indicações.

Além disso, a empresa é a distribuidora de "Undefeated", uma produção americana sobre uma equipe de futebol americano desvalorizada e que venceu na categoria documentário.

"Harvey Weinstein fez um trabalho incrível. A maneira como pensa em um filme, em sua audiência, sob que luz vai expor, em qual momento", afirmou o diretor de "O Artista", Michel Hazanavicius, outro vencedor no domingo.

"Acredito que o orçamento para a promoção do filme nos Estados Unidos é maior do que o custo do filme", completou.

De acordo com o site especializado IMDB, o longa-metragem custou 12 milhões de dólares.

Weinstein, 59 anos, é de fato uma lenda em Hollywood. Antes de fundar a Weinstein Company, criou em 1979, com o irmão mais velho Bob, o estúdio Miramax, nome que era uma homenagem a sua mãe Miriam e ao pai Max.

A Miramax foi vendida a Disney em 1993 e os irmãos Weinstein abandonaram a empresa em 2005 para abrir o novo estúdio. Entre os sucessos da Miramax está "Shakespeare Apaixonado" (1998), pelo qual Weinstein recebeu o Oscar de melhor filme.


Mas ao longo da carreira de três décadas, produziu 243 projetos, incluindo "Pulp Fiction" (1994), "Pret a Porter" (1994), "O Paciente Inglês" (1996) e "Gangues de Nova York" (2002).

O corpulento magnata do cinema também recebeu créditos como produtor executivo da saga "O Senhor dos Anéis", de "O Leitor" (2008) e "Bastardos Inglórios" (2009).

Mas a principal fama do empresário dentro da indústria se deve às campanhas bem-sucedidas para o Oscar.

Ano passado foi um caso particular: o drama sobre a realeza britânica "O Discurso do Rei" estreou inicialmente em uma quantidade limitada de cinemas, em uma estratégia usada com o objetivo de que o boca a boca provocasse uma alta expectativa.

Enquanto o rival "A Rede Social" era lançado como um grande sucesso de bilheteria, o filme britânico manteve o circuito restrito até alcançar um clímax no fim do ano, o que garantiu vários elogios no momento do Oscar.

Com "O Artista", que venceu cinco Oscar - entre eles melhor filme, melhor diretor para Michel Hazanavicius e melhor ator para Jean Dujardin -, Weinstein usou uma estratégia similar.

Depois que "O Artista" triunfou no Festival de Cannes do ano passado, o empresário comprou os direitos de distribuição nos Estados Unidos.

E, em alguns de meses, transformou um filme independente cujo destino era brilhar em festivais de cinema em um sucesso, festejado tanto pelos críticos como pelo público.

Mas Weinstein também é famoso por colocar os produtores e o elenco de seus filmes para trabalhar muito duro: o diretor Hazanavicius e o astro francês Dujardin foram obrigados a conceder muitas entrevistas e a comparecer a vários festivais e cerimônias de premiação em todo o mundo.

Até mesmo Streep, que é conhecida por permanecer à margem dos eventos promocionais de Hollywood para dar preferência à família, ao que parece trabalhou incansavelmente com Weinstein para promover "A Dama de Ferro".

E durante a premiação do Globo de Ouro em janeiro, a atriz seguiu o conselho do comediante britânico Ricky Gervais, que pediu aos vencedores que fizessem discursos curtos e se limitasse a agradecer a seus representantes e a Deus.

"Quero apenas agradecer a meu representante e a Deus, Harvey Weinstein", disse Streep, provocando risadas e algum espanto entre a plateia.

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Los Angeles - Meryl Streep já o chamou de "Deus". Harvey Weinstein certamente parecia onipotente na festa do Oscar no domingo, quando demonstrou mais uma vez sua inigualável astúcia para promover um filme e conquistar as cobiçadas estatuetas douradas.

Um ano depois de ter trabalhado com afinco para a vitória de "O Discurso do Rei", o fundador da distribuidora The Weinstein Company conduziu outro filme à glória na premiação da Academia: o filme mudo e em preto e branco "O Artista" faturou cinco estatuetas.

Mas a Weinstein Company também está por trás de "A Dama de Ferro" - que rendeu a Meryl Streep o prêmio de melhor atriz por sua interpretação de Margaret Thatcher - e "Sete Dias com Marilyn", outra tentativa de ressuscitar o mito de Marilyn Monroe e que recebeu duas indicações.

Além disso, a empresa é a distribuidora de "Undefeated", uma produção americana sobre uma equipe de futebol americano desvalorizada e que venceu na categoria documentário.

"Harvey Weinstein fez um trabalho incrível. A maneira como pensa em um filme, em sua audiência, sob que luz vai expor, em qual momento", afirmou o diretor de "O Artista", Michel Hazanavicius, outro vencedor no domingo.

"Acredito que o orçamento para a promoção do filme nos Estados Unidos é maior do que o custo do filme", completou.

De acordo com o site especializado IMDB, o longa-metragem custou 12 milhões de dólares.

Weinstein, 59 anos, é de fato uma lenda em Hollywood. Antes de fundar a Weinstein Company, criou em 1979, com o irmão mais velho Bob, o estúdio Miramax, nome que era uma homenagem a sua mãe Miriam e ao pai Max.

A Miramax foi vendida a Disney em 1993 e os irmãos Weinstein abandonaram a empresa em 2005 para abrir o novo estúdio. Entre os sucessos da Miramax está "Shakespeare Apaixonado" (1998), pelo qual Weinstein recebeu o Oscar de melhor filme.


Mas ao longo da carreira de três décadas, produziu 243 projetos, incluindo "Pulp Fiction" (1994), "Pret a Porter" (1994), "O Paciente Inglês" (1996) e "Gangues de Nova York" (2002).

O corpulento magnata do cinema também recebeu créditos como produtor executivo da saga "O Senhor dos Anéis", de "O Leitor" (2008) e "Bastardos Inglórios" (2009).

Mas a principal fama do empresário dentro da indústria se deve às campanhas bem-sucedidas para o Oscar.

Ano passado foi um caso particular: o drama sobre a realeza britânica "O Discurso do Rei" estreou inicialmente em uma quantidade limitada de cinemas, em uma estratégia usada com o objetivo de que o boca a boca provocasse uma alta expectativa.

Enquanto o rival "A Rede Social" era lançado como um grande sucesso de bilheteria, o filme britânico manteve o circuito restrito até alcançar um clímax no fim do ano, o que garantiu vários elogios no momento do Oscar.

Com "O Artista", que venceu cinco Oscar - entre eles melhor filme, melhor diretor para Michel Hazanavicius e melhor ator para Jean Dujardin -, Weinstein usou uma estratégia similar.

Depois que "O Artista" triunfou no Festival de Cannes do ano passado, o empresário comprou os direitos de distribuição nos Estados Unidos.

E, em alguns de meses, transformou um filme independente cujo destino era brilhar em festivais de cinema em um sucesso, festejado tanto pelos críticos como pelo público.

Mas Weinstein também é famoso por colocar os produtores e o elenco de seus filmes para trabalhar muito duro: o diretor Hazanavicius e o astro francês Dujardin foram obrigados a conceder muitas entrevistas e a comparecer a vários festivais e cerimônias de premiação em todo o mundo.

Até mesmo Streep, que é conhecida por permanecer à margem dos eventos promocionais de Hollywood para dar preferência à família, ao que parece trabalhou incansavelmente com Weinstein para promover "A Dama de Ferro".

E durante a premiação do Globo de Ouro em janeiro, a atriz seguiu o conselho do comediante britânico Ricky Gervais, que pediu aos vencedores que fizessem discursos curtos e se limitasse a agradecer a seus representantes e a Deus.

"Quero apenas agradecer a meu representante e a Deus, Harvey Weinstein", disse Streep, provocando risadas e algum espanto entre a plateia.

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