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Vendas de apartamentos minúsculos disparam em Hong Kong; saiba a razão

Os preços altíssimos dos imóveis em Hong Kong dificultam a aquisição pela geração mais jovem

Edifícios em Hong Kong (Brent Lewin/Bloomberg)

Edifícios em Hong Kong (Brent Lewin/Bloomberg)

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Daniel Salles

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 09h41.

Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 10h31.

No mercado imobiliário mais caro do mundo, um em cada oito imóveis vendidos é um nano-apartamento, termo amplamente usado para descrever residências pequenas em Hong Kong.

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Um recorde de 13% dos apartamentos vendidos em 2019 tinham menos de 24 metros quadrados ou eram menores do que duas vagas de estacionamento, de acordo com relatório da Liber Research Community divulgado na segunda-feira. Essas unidades minúsculas representavam apenas 0,2% das vendas totais em 2010.

Os preços altíssimos dos imóveis em Hong Kong dificultam a aquisição de imóveis pela geração mais jovem. A acessibilidade dos preços do mercado imobiliário da cidade é a pior no mundo, superando outros centros como Vancouver, Sydney e Los Angeles.

Nos últimos anos, incorporadoras passaram a oferecer residências menores para facilitar as compras. Embora esses minúsculos apartamentos ainda possam custar mais de 5 milhões de dólares de Hong Kong (US$ 645 mil), mal conseguem atender às necessidades básicas.

Entre os 8.550 nano-apartamentos examinados pela Liber Research entre 2010 e 2019, 85% não tinham um quarto separado e 70% não possuíam janela no banheiro. Quase todos tinham cozinha aberta.

Há muito tempo imóveis pequenos são um problema em Hong Kong. Pessoas de baixa renda recorrem às chamadas casas-caixão, que são essencialmente apenas um espaço para dormir. Os que não podem pagar aluguel residencial, mas preferem um espaço maior, vivem ilegalmente em edifícios industriais ou casas de contêineres.

A Henderson Land Development liderou as vendas de nano-apartamentos, respondendo por 30% do total no período, disse o relatório.

Embora a economia da cidade tenha estado sob pressão durante a pandemia - o desemprego subiu para a máxima em 15 anos -, o mercado imobiliário continua resiliente. Os preços dos imóveis caíram apenas 1% em 2020, segundo dados da Centaline.

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