Venda de fantasia de Anne Frank causa polêmica nos EUA
"Sua filha pode se transformar em uma heroína da Segunda Guerra Mundial", dizia o anúncio da fantasia, pelo preço de U$S 25
AFP
Publicado em 18 de outubro de 2017 às 19h22.
Última atualização em 18 de outubro de 2017 às 20h50.
Várias empresas americanas de venda pela internet retiraram uma fantasia de Halloween que representa as roupas de Anne Frank, a jovem alemã de origem judaica que relatou em seu diário pessoal como se escondeu dos nazistas e que morreu em um campo de concentração.
"Sua filha pode se transformar em uma heroína da Segunda Guerra Mundial" por 25 dólares, assegurava um anúncio da fantasia.
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A fantasia continha um vestido azul de botões e uma boina verde, representando a moda para meninas dos anos 1930 e 1940, dizia um anúncio acompanhado da imagem de uma garota sorridente de cabelos castanhos.
"Em um contexto de escalada mundial do antissemitismo, a fantasia vendida (...) é insensível aos sobreviventes do Holocausto e suas famílias", disse a associação judaica americana Liga Antidifamação (ADL, sigla em inglês).
"Aprendemos com a vida e a morte de Anne Frank a honrá-la e a evitar atrocidades no futuro. Não a exploramos", acrescentou a divisão da ADL na cidade de Saint Louis.
Com a controvérsia, vários distribuidores retiraram a fantasia de seus sites, e o "Halloween Costumes" pediu desculpas "por este erro".
Não é a primeira vez que um fantasia de Halloween para crianças gera polêmica nos Estados Unidos. Há dois anos, a rede Wal-Mart e o EBay foram criticados por vender um nariz "árabe" e um uniforme de soldados israelenses.