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Tim Burton escolhe Paris para expor seus desenhos

Embora more em Londres, o cineasta americano prefere evitar a capital britânica e diz se sentir sempre bem-vindo em Paris

Tim Burton (d): "o desenho é uma boa maneira de ocupar suas mãos e de se manter ocupado, isso evita cair numa depressão profunda" (Adrian Dennis/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2012 às 12h57.

Última atualização em 20 de novembro de 2018 às 15h29.

Paris - O cineasta americano Tim Burton , mestre dos fantásticos "O estranho mundo de Jack" e "A fantástica fábrica de chocolate", escolheu Paris como única etapa europeia para expor os seus desenhos, maquetes e figurinos, pois "sempre se sente bem-vindo", assegura.

"Eu sempre me sinto bem-vindo aqui, é um país que aprecia o cinema: e mesmo quando não gostam de meus filmes, falam muito bem", declarou nesta segunda-feira o artista à imprensa, poucas horas antes do vernissage da exposição de suas obras na Cinemateca francesa (até o dia 5 de agosto).

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Embora more em Londres com a sua companheira, a atriz inglesa Helena Bonham Carter, e seus dois filhos, Tim Burton prefere evitar a capital britânica: "os jornalistas são horríveis comigo e eu não quero que as minhas crianças escutem até que ponto eu sou um artista insuportável".

A exposição, que é acompanhada em Paris de uma retrospectiva deste diretor prolixo --seu próximo filme, "Dark Shadows" estreia em maio--, foi inicialmente exposto no Museu de Arte Moderna, o MoMa de Nova York antes de viajar para Melbourne, Toronto e Los Angeles.

Mais de 500 desenhos, criados na infância ou quando teve seus primeiros contatos com os estúdios Walt Disney --que recusaram a maioria das obras-- serão mostrados ao público a partir de quarta-feira.

A exposição parisiense apresentará uma série exclusiva de desenhos feitos em guardanapos principalmente do Ritz, seu palácio preferido, prova que o artista não larga nunca o seu lápis.

"O desenho é uma boa maneira de ocupar suas mãos e de se manter ocupado, isso evita cair numa depressão profunda", ressaltou o autor, acrescentando que "o mais importante de cada dia é guardar um pouco de tempo para sonhar, para criar".

Para o menino de Burbank, Califórnia, um dos imensos subúrbios residenciais que ele apresenta como um deserto cultural, à margem da história, que, no entanto, abriga os estúdios da Disney e Warner, o museu foi uma descoberta tardia.

"Eu não tinha nenhuma cultura de museu, entrei em meu primeiro museu aos 18 anos", disse, manifestando a sua "gratidão" aos comissários do MoMa que foram os primeiros a pendurar seus desenhos.

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